Dez touros de 29 a 34 meses foram inoculados com amostra desafio de Brucella abortus, por via conjuntival, na dose de 1,4 x 10 elevado à oitava potência. Sete foram previamente vacinados com amostra B-19, por via conjuntival, com subdose (3 x 10 elevado à nona potência) em duas aplicaçöes intervaladas de quatro meses e os três restantes, näo vacinados, constituíram o grupo controle. O desafio foi realizado após 13 meses da aplicaçäo da segunda dose vacinal. Os títulos sorológicos foram evidenciados a partir da segunda semana do desafio; na quarta semana, nove animais já eram reagentes ao teste do cartäo (TC) e à soroaglutinaçäo rápida (SAR), com títulos entre: 1:25 e 1:100. As reaçöes sorológicas se elevaram entre a quinta e a sétima semana, exceto em três animais do grupo vacinado, que sempre mostraram títulos baixos. As provas realizadas no plasma seminal mostraram resultados negativos até a 89§ semana pós-desafio. Entre a nona e a 13§ semana pós-inoculaçäo, um animal do grupo vacinado e dois do grupo controle desenvolveram títulos transitórios à prova de sêmen-esperma-aglutinaçäo e resultados positivos ao teste do cartäo. Na 14§ semana, estes animais econtravam-se negativos para ambas as provas sorológicas. Isolou-se B. abortus no sêmen de dois touros, um vacinado e um controle. Estes foram abatidos na 14§ semana e, dos órgäos examinados, foi isolada a amostra desafio do testículo. Os achados histopatológicos revelaram que um touro do grupo vacinado apresentava lesäo sugestiva de brucelose na glândula vesicular e dois do grupo controle evidenciavam quadro sugestivo de infecçäo brucélica no epidídimo. As indicaçöes mais significativas a favor do grupo vacinado ocorreram em relaçäo aos aspectos de concentraçäo, motilidade, turbilhonamento e vigor do sêmen. Mesmo considerando os resultados favoráveis à técnica de vacinaçäo em subdose por via conjuntival, recomendam-se novos trabalhos que incluam maior número de animais, para que a técnica seja consolidada