Definiçäo dos ecossistemas para anemia infecciosa equina em Minas Gerais, Brasil, 1973 a 1991
Definition of equine infectious anaemia ecosystems in Minas Gerais, Brazil, 1973-1991

Arq. bras. med. vet. zootec; 48 (1), 1996
Publication year: 1996

Os programas sanitários de combate às enfermidades devem fundamentar-se näo mais exclusivamente em modelos funcionalistas agente-infecçäo-enfermidade-imunidade, mas em estudos regionais cujo enfoque geográfico social, mais integral, possibilita tratamento diferenciado para a enfermidade, em conformidade com suas características concretas específicas. Dentro desta perspectiva, caracterizou-se epidemiologicamente as diferentes áreas da anemia infecciosa equina (AIE) em Minas Gerais, no período de 1973 a 1991. Foram analisados 66.524 resultados de exames de imunodifusäo em gel de ágar.

Os 722 municípios e as oito mesorregiöes do Estado foram considerados como unidades primárias de análise e foram construídos os indicadores de:

prevalência, efetivo equino e muar, mortalidade equina e muar, densidade equina e muar, tamanho médio da propriedade, efetivo bovino, relaçäo efetivo equino e muar/efetivo bovino. Estes indicadores possibilitaram um avanço inicial na tentativa de associar os sistemas de produçäo e utilizaçäo dos equídeos com a presença de riscos da doença no Estado. Concluiu-se que o Noroeste e o Nordeste Mineiros caracterizaram-se como ecossistemas endêmico primário e epiendêmico, respectivamente, e as outras mesorregiöes do Estado como ecossistemas paraendêmicos. A partir desta definiçäo dos ecossistemas para AIE, sugere-se que o programa de combate deve centrar-se nas áreas endêmica primária e epiendêmica, caracterizados como de maior risco

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