Avaliou-se atuaçäo do glicerol como meio conservante de aloenxerto ósseo cortical e sua capacidade de preservar as características biológicas e impedir a contaminaçäo do osso estocado. Foram empregados fragmentos metafisários de tíbias de quatro cäes doadores adultos e sadios. Esses fragmentos foram conservados em frascos de vidro com glicerol a 95 por cento durante 7, 15 e 30 dias. Como receptores, foram utilizados 28 animais divididos em grupos de 30, 60, 90, 120 e 180 dias de observaçäo. Após hidrataçäo com soluçäo fisiológica estéril, os fragmentos foram implantados na metáfise proximal da tíbia esquerda do receptor. Foram realizadas avaliaçöes radiográficas periódicas do membro operado e análise microbiológica de fragmentos ósseo conservados e do meio glicerol. Como controle, utilizaram-se 10 cäes que receberam enxerto autólogo, observados por 30, 60, 90, 120 e 180 dias. Observou-se contaminaçäo bacteriana em 21,5 por cento das amostras dos aloenxertos. No entanto, o meio apresentou-se livre de contaminaçäo bacteriana e fúngica. Na avaliaçäo radiológica, observou-se comportamento semelhante entre o aloenxerto e o autoenxerto. Näo foi observada qualquer alteraçäo clínica e radiológica que sugerisse rejeiçäo. Näo houve evidências de diferença entre os tempos de preservaçäo do enxerto, excetuando a desidrataçäo proporcional ao tempo de conservaçäo. Portanto, o glicerol mostrou-se eficiente na preservaçäo de aloenxerto ósseo cortical