Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonizaçäo de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia
Effect of coccidiosis vaccine on Salmonella enteritidis colonization in broiler chicks inoculated with anaerobic cecal microflora

Arq. bras. med. vet. zootec; 51 (4), 1999
Publication year: 1999

Avaliou-se o efeito da vacina contra coccidiose sobre a habilidade da microbiota cecal anaeróbia (MCA), administrada por diferentes vias (aves tratadas), em proteger pintos de corte da colonizaçäo por Salmonella enteritidis (Se). Utilizaram-se 120 aves assim divididas: grupo A, pulverizaçäo de MCA em aves vacinadas contra coccidiose e desafiadas com Se, grupo B, inoculaçäo endoesofágica de MCA em aves vacinadas e desafiadas, grupo C, MCA na água de bebida de aves vacinadas e desafiadas, grupo D, aves näo tratadas, vacinadas e desafiadas, grupo E, aves näo tratadas, näo vacinadas e desafiadas e, grupo F, aves näo tratadas, näo vacinadas e näo desafiadas (controle negativo). Utilizaram-se como parâmetros a colonizaçäo do trato digestivo por Se e sua presença nas fezes, bem como o peso corporal das aves, avaliados aos dois, sete e 12 dias após o desafio. Na aves tratadas com MCA, especialmente por meio de pulverizaçäo e inoculaçäo endoesofágica, a colonizaçäo do ceco por Se e sua presença nas fezes foram menores, mostrando que a açäo da MCA contra a colonizaçäo de ceco e excreçäo fecal näo foi afetada pelo uso da vacina contra coccidiose em pintos de corte e que a associaçäo MCA/vacina contra coccidiose por ser utilizada sem que haja comprometimento na eficácia da MCA. Nos grupos que näo receberam MCA, vacinados ou näo contra coccidiose, houve aumento da colonizaçäo cecal, bem como excreçäo fecal da amostra desafio. O ceco foi o local de maior presença e persistência da Se. O resultado de administraçäo de MCA pela água de bebida näo foi täo eficiente, mas somente este tratamento resultou em peso corporal das aves significativamente superior ao das aves do grupo näo tratado, näo vacinado e desafiado, indicando que a presença de salmonelas paratifóides näo interfere na produtividade de frangos de corte. Näo se observou diferença no peso das aves dos grupos D (vacinados contra coccidiose) e E ( näo vacinadas) desafiadas com Se, demonstrando que a vacina näo influenciou negativamente o ganho de peso das aves desafiadas com Salmonela enteriditis

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