Idosos, infecções sexualmente transmissíveis e AIDS: conhecimentos e percepção de risco
Elderly, sexually transmitted infections and AIDS: knowledge and risk perception

ABCS health sci; 41 (3), 2016
Publication year: 2016

INTRODUÇÃO:

No contexto das doenças crônicas transmissíveis, a pandemia da aids vem gerando discussões em âmbito internacional sobre as formas de controlar seu avanço, inclusive na população idosa, a qual apresenta incidência considerável de casos.

OBJETIVO:

Investigar o conhecimento e verificar a percepção de risco de idosos quanto à contaminação por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e HIV.

MÉTODOS:

Trata-se de estudo descritivo de natureza quantitativa realizado com 55 idosos participantes de grupos em duas unidades de saúde da família interligadas à rede-escola.

RESULTADOS:

A maioria dos idosos era entre 60–70 anos, sexo masculino, casados, católicos, com o nível fundamental incompleto. Além disso, 40% dos idosos citaram o uso do preservativo como principal método de prevenção às infecções sexuais, 21,9% responderam que o HIV é transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato sexual e 38,2% citaram que a doença não tem cura. Sobre a percepção de risco, 76,4% referiram que não tinham nenhuma possibilidade de adquirir Infecções Sexualmente Transmissíveis ou HIV. Tal fator pode contribuir para que essa população se considere pouco vulnerável à contaminação ou não se perceba em risco, o que os torna susceptíveis ao perigo da infecção, favorecendo o aumento do índice de idosos infectados no cenário nacional.

CONCLUSÃO:

Cabe aos organismos governamentais e não governamentais investir em práticas educativas, onde idosos possam ser inseridos em um ambiente que aborde a sexualidade, proporcionando maior segurança e qualidade de vida aos nossos cidadãos.

INTRODUCTION:

In the context of chronic diseases, aids pandemic has generated discussions at the international level on methods to control its progress, including in the elderly population, which presents significant incidence of cases.

OBJECTIVE:

To investigate the knowledge and verify the perception of risk among the elderly individuals concerning contamination by Sexually Transmitted Infections (STI) and HIV.

METHODS:

This is a quantitative descriptive study, which was conducted with 55 elderly who are participants of groups in two family health units that are interconnected to a school network.

RESULTS:

Most of the elderly was aged between 60–70 years, male, married, catholic, and with incomplete elementary educational level. Additionally, 40% of the elderly reported the use of condoms as a primary method of prevention of sexually transmitted infections, 21.9% of them answered that HIV is sexually transmitted from one person to another by means of sexual contact, and 38.2% mentioned that disease has no cure. On the perception of risk, 76.4% reported that they had no possibility of acquiring sexually transmitted infections or HIV. This factor may contribute to a misperception of this population of being less vulnerable and to the unawareness about the risks, making them susceptible to the infection, which may also increase the rate of elderly individuals infected on the national scene.

CONCLUSION:

Government and nongovernmental organizations should invest in educational practices that enable the insertion of the elderly in a context to address sexuality, providing protection and quality of life for our citizens.

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