ABCS health sci; 41 (3), 2016
Publication year: 2016
INTRODUÇÃO:
Os atletas adolescentes têm uma demanda energética aumentada devido à prática competitiva de exercício físico, apresentando maiores riscos de inadequações nutricionais. OBJETIVO:
Avaliar a ingestão alimentar de atletas escolares envolvidos em diferentes modalidades esportivas. MÉTODOS:
A amostra foi composta por 129 adolescentes, de ambos os gêneros, praticantes de tênis, natação, ginástica (artística e rítmica) e judô de equipes do município de Aracaju (SE), Brasil. Aplicou-se um questionário de frequência alimentar semiquantitativo, com auxílio de registro fotográfico, para estimar a ingestão de macro e micronutrientes e porções dos grupos alimentares. RESULTADOS:
Entre os analisados, 41,2% eram do gênero feminino, com média de idade de 13,54±2,45 anos. Independente do gênero, os adolescentes mais velhos apresentaram maior ingestão energética e de macronutrientes (p<0,05), porém com semelhança na prevalência de inadequação em relação aos mais novos. Com relação aos micronutrientes, a comparação entre os gêneros mostrou maior prevalência de inadequações entre meninas mais novas para vitamina E, cálcio e ferro. Entre os meninos, apenas a inadequação do cálcio foi significativamente maior para os mais novos. Independente do gênero e da idade, observou-se baixa ingestão de lácteos e hortaliças, além do elevado consumo de doces, carnes e ovos. CONCLUSÃO:
A dieta dos atletas adolescentes estudados mostrou inadequação de macro e de micronutrientes, especialmente entre as atletas mais novas. Faz-se essencial o desenvolvimento de ações de aconselhamento nutricional individual ou em grupo com vistas a adquirir hábitos alimentares adequados.
INTRODUCTION:
Young athletes have an increased energy demand because of the competitive practice of physical exercise, presenting greater risks of nutritional inadequacies. OBJECTIVE:
To evaluate the dietary intake of school athletes who practice different sports by gender and age. METHODS:
The sample consisted of 129 adolescents of both genders, who were tennis, swimming, gymnastics (artistic and rhythmic), and judo athletes of sports teams in the city of Aracaju (SE), Brazil. A semiquantitative food frequency questionnaire was applied, which was also supported by a photographic record, to estimate the dietary intake of macro and micronutrients as well as food portions. RESULTS:
Among the young athletes analyzed, 41.2% were female with a mean age of 13.54±2.45 years. Regardless of gender, older adolescents had higher energy and macronutrient intakes (p<0.05), but presented similar prevalence of inadequacy in relation to the young. Regarding micronutrients, the comparison between genders showed a higher prevalence of inadequacy among younger girls for vitamin E, calcium and iron. Among boys, only the inadequacy of calcium was significantly higher among the younger athletes. Regardless of gender and age, there was a low intake of dairy products and vegetables and a high consumption of sweets, meats and eggs. CONCLUSION:
The diet of adolescent athletes studied showed inadequacy of macro and micronutrients, especially among the younger athletes. It is essential to develop individual or in group nutritional counseling, so that they may acquire proper eating habits.