Presbycusis: do we have a third ear?
Presbiacusia: será que temos uma terceira orelha?

Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.); 82 (6), 2016
Publication year: 2016

Abstract Introduction:

Age-related hearing changes are the most frequent cause of sensorineural hearing loss in adults. In the literature no studies exist concerning the importance of speechreading in individuals with presbycusis. Equally, no such studies have been carried out with speakers of the Portuguese (Portugal) language.

Objectives:

To evaluate whether the intelligibility of words in presbycusis is improved by speechreading, in such a way that looking at the interlocutor's face while he is talking functions like a “third ear”, and to determine the statistical relevance of the intelligibility improvement by speechreading.

Methods:

Eleven individuals (22 ears) with bilateral and symmetrical sensorineural hearing loss compatible with presbycusis were evaluated. The subjects were aged between 57 and 82 years, with an average of 70 ± 11.51 years and median of 69.5 years. A complete medical and audiological profile of each patient was created and all patients were submitted to a vocal audiogram, without and with observation of the audiologist's face. A descriptive and analytical statistical analysis was performed (Shapiro-Wilk and t pairs tests) adopting the significance level of 0.05 (5%).

Results:

We noticed better performance in intelligibility with speechreading. The p-value was zero (p < 0.05), so we rejected the null hypothesis, showing that there was statistically significant difference with speechreading; the same conclusion was obtained by analysis of the confidence intervals.

Conclusions:

Individuals with presbycusis in this study, performed better on spoken word intelligibility when the hearing of those words was associated with speechreading. This phenomenon helps in such a way that observation of the interlocutor's face works like a "third ear".

Resumo Introdução:

As alterações auditivas relacionadas com a idade são a causa mais frequente de perda auditiva neurossensorial em adultos. Não há estudos na literatura sobre a importância da leitura orofacial em indivíduos com presbiacusia e, considerando as particularidades de cada língua, que abordem esse tema em falantes de português de Portugal.

Objetivo:

Avaliar se a inteligibilidade das palavras na presbiacusia é melhorada pela leitura orofacial, de tal forma que olhar para o rosto do interlocutor enquanto ele está falando funcione como uma "terceira orelha". Determinar a relevância estatística da melhora na inteligibilidade pela leitura orofacial.

Método:

Ao todo, 11 indivíduos (22 orelhas) com perda auditiva neurossensorial bilateral e simétrica compatível com presbiacusia, idades entre 57 e 82 anos (média de 70 ± 11,51 anos e mediana de 69,5 anos) foram avaliados. Um perfil médico e audiológico completo de cada paciente foi realizado, e todos foram submetidos a um audiograma vocal, sem e com a visualização do rosto do fonoaudiólogo. Uma análise estatística descritiva e analítica foi realizada (teste de Shapiro-Wilk e teste t pareado), adotando o nível de significância de 0,05 (5%).

Resultados:

Verificámos melhor desempenho na inteligibilidade com a leitura orofacial. O valor p foi zero (p < 0,05), pelo que rejeitámos a hipótese nula, indicando que houve diferença estatisticamente significativa com a leitura orofacial. A mesma conclusão foi obtida por análise dos intervalos de confiança.

Conclusões:

Os indivíduos com presbiacusia tiveram melhor desempenho na inteligibilidade das palavras faladas quando a audição foi associada à visualização do rosto do interlocutor. Essa parceria auxilia de tal maneira que parece funcionar como uma "terceira orelha".

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