Reasons for choosing the profession and profile of newly qualified physicians in Brazil
Motivos de escolha da profissão e perfil de médicos recém-graduados no Brasil
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 62 (9), 2016
Publication year: 2016
SUMMARY Objective To evaluate the socio-demographic profile, path to medical school admission and factors affecting the choice of becoming a physician in Brazil. Method Application of a structured questionnaire to 4,601 participants among the 16,323 physicians who graduated between 2014 and 2015 that subsequently registered with one of the 27 Regional Boards of Medicine (CRMs). Results The average age of participants is 27 years, 77.2% are white, 57% come from families with a monthly income greater than ten times the minimum wage, 65% have fathers who have completed higher education, 79.1% attended a private high school, and 63.5% selected the “will to make a difference in people’s lives or do good” as their main reason for choosing medicine, with some differences between the sexes and matriculation at a public or private medical school. Conclusion The recent politics for educational diversity and the opening of additional medical schools has not yet had an impact on the socio-demographic profile of graduates, who are mainly white, wealthy individuals.
RESUMO Objetivo traçar o perfil sócio-demográfico de recémgraduados em medicina no Brasil, a forma de ingresso na graduação e os motivos de escolha da profissão médica. Método aplicação de questionário estruturado em 4.601 participantes, dentre 16.323 médicos formados entre 2014 e 2015, que se registraram em um dos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRM), considerados a populaçãoalvo do estudo. Resultados a idade média dos recém-graduados é de 27 anos, 77,2% são brancos, 57% vêm de famílias com renda mensal acima de dez salários mínimos, 65% têm pais com educação superior, 79,1% cursaram ensino médio em escola particular e 63,5% apontaram a “vontade de fazer diferença na vida das pessoas ou fazer o bem” como principal razão para a escolha da medicina, com diferenças entre sexo e natureza pública ou privada da escola de graduação. Conclusão as políticas no Brasil de inclusão educacional e de abertura de escolas médicas ainda não tiveram impacto no perfil dos recém-formados em medicina, em sua maioria indivíduos brancos e de maior nível socioeconômico.