Rev. paul. pediatr; 34 (4), 2016
Publication year: 2016
Abstract Objective:
To estimate the prevalence of low cardiorespiratory fitness and its association with excess body fat, considering the sexual maturation and economic level in female adolescents. Methods:
Cross-sectional, epidemiological study of 1223 adolescents (10-17 years) from the public school system of Cascavel, PR, Brazil, in 2006. We analyzed the self-assessed sexual maturation level (prepubertal, pubertal and post-pubertal), the economic level (high and low) through a questionnaire and body fat (normal and high) through triceps and subscapular skinfolds. The 20-meter back-and-forth test was applied to estimate maximum oxygen consumption. Cardiorespiratory fitness was assessed according to reference criteria and considered low when the minimum health criterion for age and sex was not met. Chi-square test and logistic regression were applied, with a significance level of 5%. Results:
The prevalence of low cardiorespiratory fitness was 51.3%, being associated with all study variables (p<0.001). At the crude analysis, adolescents with high body fat were associated with low cardiorespiratory fitness, when compared to those with normal body fat (OR=2.76; 95%CI: 2.17-3.52). After adjustment by sexual maturation, this association remained valid and showed an effect that was 1.8-fold higher (95%CI: 1.39-2.46) and after adjusting by economic level, the effect was 1.9-fold higher (95%CI: 1.45-2.61). Conclusions:
Approximately half of the assessed girls showed unsatisfactory levels of cardiorespiratory fitness for health, which was associated with high body fat, regardless of sexual maturation level and economic level. Effective public health measures are needed, with particular attention to high-risk groups.
Resumo Objetivo:
Estimar a prevalência de aptidão cardiorrespiratória baixa e sua associação com excesso de adiposidade corporal, considerando a maturação sexual e o nível econômico, em adolescentes do sexo feminino. Métodos:
Estudo epidemiológico transversal com 1.223 adolescentes (10-17 anos) da rede pública de ensino de Cascavel, PR, Brasil, em 2006. Analisou-se a maturação sexual (pré-púbere, púbere e pós-púbere) autoavaliada, o nível econômico (NE) (alto e baixo) por questionário e a adiposidade corporal (normal e elevada) por dobras cutâneas do tríceps e subescapular. Aplicou-se o teste de vaivém de 20 metros para estimar o consumo máximo de oxigênio. A aptidão cardiorrespiratória foi avaliada por critérios referenciados e considerada baixa quando não atingido o critério mínimo para a saúde segundo idade e sexo. Foram aplicados o teste de qui-quadrado e a regressão logística, com nível de significância de 5%. Resultados:
A prevalência de aptidão cardiorrespiratória baixa foi de 51,3% que se associou a todas as variáveis do estudo (p<0,001). Na análise bruta, as adolescentes com adiposidade corporal elevada associaram-se à aptidão cardiorrespiratória baixa, quando comparada com aquelas com adiposidade normal (RC=2,76; IC95% 2,17-3,52). Após ajuste pela maturação sexual, essa associação se manteve e mostrou efeito 1,8 vez maior (IC95% 1,39-2,46) e, após ajuste pelo NE, o efeito foi 1,9 vezes maior (IC95% 1,45-2,61). Conclusões:
Aproximadamente metade dos avaliados apresentou níveis insatisfatórios de aptidão cardiorrespiratória para a saúde, o que se associou à adiposidade corporal elevada, independentemente da maturação sexual e NE. Medidas efetivas de saúde pública são necessárias, com especial atenção para grupos de maior risco.