Rev. AMRIGS; 60 (3), 2016
Publication year: 2016
Introdução:
O parto prematuro (PP) tem tido sua prevalência aumentada, representando 9,2% de todos os nascimentos no Brasil. Apesar das inúmeras causas de PP, considera-se na maioria das vezes idiopático. O objetivo do estudo foi avaliar as características dos PP no Hospital Santa Cruz (HSC), relacionando a prevalência de PP com sexo do RN, a faixa etária, paridade materna, número de consultas de pré-natal e cuidados intensivos. Métodos:
Estudo transversal, observacional e quantitativo, com análise do livro de nascimentos da maternidade do HSC, do ano de janeiro de 2009 a dezembro de 2014. As variáveis analisadas foram:
idade gestacional (IG), idade materna, paridade da mãe, via de parto. A análise no SPSS 22.0. Resultados:
No HSC ocorreram 9667 partos, sendo 1133 (11,72%) PP. Desses PP, o parto cesáreo (PC) correspondeu a 790 (69,80%) e partos vaginais (PV) a 343 (30,20%). Contatou-se que o maior número de PC, em relação a PV, aconteceu em determinadas IG, como nas 33 semanas (74 vs 22), 34 semanas (110 vs 41), 35 semanas (160 vs 74) e 36 semanas (284 vs 113). A IG média foi 33,67 semanas. Quanto ao perfil das mães, evidenciou-se que a faixa etária média foi de 28,15 anos, sendo que 20,74% dos partos prematuros ocorreram nos extremos de idade. Conclusão:
Constatou-se que o PC foi a via de parto preferencial em caso de prematuridade. Sabe-se que essa realidade pode ter sofrido influência dos riscos inerentes ao PP, somados à ansiedade do obstetra e potencializados pelos fatores de risco associados(AU)
Introduction:
The prevalence of preterm delivery (PD) has increased, now accounting for 9.2% of all births in Brazil. Despite the numerous causes of PD, it is most often considered idiopathic. The aim of this study was to evaluate the characteristics of PD in the Hospital Santa Cruz (HSC), relating the prevalence of PD with newborn gender, age, maternal parity, number of prenatal visits, and intensive care. Methods:
A cross-sectional, observational and quantitative study, with an analysis of birth records in the maternity of HSC from January 2009 to December 2014. The variables analyzed were:
gestational age (GA), maternal age, maternal parity, and delivery method. The analysis was carried out with SPSS 22.0. Results:
In the HSC, 9,667 births and 1,133 (11.72%) PDs were recorded in the study period. Among these PDs, cesarean delivery (CD) amounted to 790 (69.80%) and vaginal deliveries (VD) to 343 (30.20%). We found that a higher incidence of CDs as compared to VDs occurred in certain GA, such as 33 weeks (74 vs. 22), 34 weeks (110 vs. 41), 35 weeks (160 vs. 74) and 36 weeks (284 vs. 113). The mean gestational age was 33.67 weeks. Regarding mothers’ profiles, the mean age was 28.15 years, and 20.74% of premature births occurred in age extremes. Conclusion:
CD was found to be the preferred mode of delivery in case of prematurity. It is known that this reality may have been influenced by the inherent risks of PD, added to obstetrician anxiety and potentiated by associated risk factors(AU)