Eletrocardiograma no Infarto Agudo do Miocárdio: O que Esperar?
Electrocardiogram in Acute Myocardial Infarction: What to Expect?

Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.); 29 (3), 2016
Publication year: 2016

Fundamentos:

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte. O eletrocardiograma (ECG) é uma ferramenta acessível e de grande utilidade na avaliação inicial das síndromes coronarianas agudas (SCA).

Objetivo:

Identificar e correlacionar as alterações eletrocardiográficas em diferentes derivações com a localização do trombo intracoronariano na artéria culpada pelo evento coronariano.

Métodos:

Estudo retrospectivo e observacional realizado com 179 pacientes portadores de SCA.

Os dados foram analisados considerando três grupos de diagnóstico:

angina instável (n = 31), IAM sem supradesnível do segmento ST (n = 86) e IAM com supradesnível do segmento ST de parede anterior (n = 34) e parede inferior (n = 28). Os dados eletrocardiográficos, de angiografia coronariana e de ecocardiografia transtorácica foram analisados e comparados nos três grupos.

Resultados:

A sensibilidade e especificidade do ECG para detectar a artéria culpada foram 70,0% e 79,1%, respectivamente. Os valores preditivos positivos e negativos para a localização por ECG do segmento proximal da artéria descendente anterior (DA) foram 70,6% e 66,7%, respectivamente. Em relação ao segmento distal da DA, os valores preditivos positivos e negativos foram 100,0% e 28,0%, respectivamente. Através da análise do ECG foi possível identificar a artéria coronária direita (CD) como sendo a artéria culpada em 88,9% dos casos, com valores preditivos positivos e negativos de 90,0% e 14,3%, respectivamente.

Conclusão:

O ECG é um método diagnóstico imprescindível nas SCA, apesar de não localizar a artéria culpada com grande acurácia

Background:

Cardiovascular diseases are the leading cause of death. The electrocardiogram (ECG) is an accessible and useful tool in the initial evaluation of acute coronary syndromes (ACS).

Objective:

To identify and correlate electrocardiographic changes in different leads with the location of the intracoronary thrombus in the artery involved in the coronary event.

Methods:

Retrospective and observational study conducted with 179 patients with ACS.

The data were analyzed considering three diagnostic groups:

unstable angina (n = 31), non-ST–elevation myocardial infarction (n = 86), and ST-elevation myocardial infarction of the anterior n = 34) and inferior (n = 28) walls. Data obtained from ECG, coronary angiography, and transthoracic echocardiogram tests were analyzed and compared among the three groups.

Results:

The sensitivity and specific ity of the ECG in detecting the culprit coronary artery were 70.0% and 79.1%, respectively. The positive and negative predictive values for ECG location of the proximal segment of the left anterior descending (LAD) artery were 70.6% and 66.7%, respectively. Regarding the distal segment of the LAD, the positive and negative predictive values were 100.0% and 28.0%, respectively. With ECG analysis, we were able to identify the right coronary (RC) artery as the culprit artery in 88.9% of the cases, with positive and negative predictive values of 90.0% and 14.3%, respectively.

Conclusion:

The ECG is an indispensable diagnostic method in ACS, even though it fails to locate the culprit arter y accurately

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