Rev. APS; 19 (3), 2016
Publication year: 2016
Introdução:
A alta hospitalar é um perÃodo de transição do cuidado e de responsabilidades em nÃvel de rede e, também, em relação ao indivÃduo e à famÃlia que retomam o cuidado.8 Algumas experiências em projetos na transição do cuidado abordam a reconciliação medicamentosa, a orientação do paciente e familiares e o contato por telefone.2 Farmacêuticos vinculados a um programa de residência multiprofissional propuseram a realização do referenciamento farmacoterapêutico de idosos na rede, com o intuito de contribuir para a segurança da farmacoterapia durante a transição do cuidado e a realização de contato pós-alta por telefone. Este trabalho destinouse à análise das orientações realizadas durante a alta e descritas nos encaminhamentos farmacoterapêuticos e ao perfil desses indivÃduos no contato pós-alta. Materiais e métodos:
Trata-se de estudo de coorte retrospectivo, desenvolvido em um hospital público geral de ensino de Belo Horizonte, Minas Gerais, que realiza atividades de ensino, pesquisa e assistência, sendo referência para a rede em urgência e emergência, integrado ao SUS. A amostra estudada foi a de prontuários dos pacientes acompanhados pelos farmacêuticos residentes nas equipes multiprofissionais da instituição em estudo que receberam alta de 17 de janeiro de 2014 a 3 de dezembro de 2014, que possuÃssem o encaminhamento farmacoterapêutico elaborado e com os quais foi realizado o contato pós-alta. Foram excluÃdos os pacientes que não preenchessem um dos critérios de inclusão. Resultados:
Foram realizados encaminhamentos farmacoterapêuticos para 135 pacientes, entretanto o contato pós-alta foi realizado com 63 desses. Sobre as principais orientações realizadas na alta e descritas nos encaminhamentos farmacoterapêuticos, observamos que a orientação verbal sobre o uso dos medicamentos foi realizada com 133 (93,66 %) pacientes, a orientação para acesso com 130 (91,55%) e o alerta sobre reações adversas e registro das ocorrências ocorreu com 71 (71,13%). A maioria dos entrevistados precisava de ajuda para administrar os medicamentos:
50 (79,37%). Os principais cuidadores eram as filhas, em 22 (34,92%) pacientes, e as esposas, 12 (19,05%); apenas 38 (58,46%) pacientes relataram que fizeram consulta com médico da atenção primária após internação. Conclusão:
A orientação farmacêutica na alta e o contato pós-alta são estratégias adotadas na transição do cuidado que podem contribuir para melhoria da educação em saúde, segurança e acessibilidade no uso dos medicamentos.
Introduction:
Hospital care is a period of transition and network-level responsibilities and also in relation to the individual and the family which take care.8 Some experience in projects in the care transition approach the medication reconciliation, patient counseling and family and contact by phone.2 Pharmaceutical linked to a multi-residency program proposed carrying out the pharmacotherapeutic referencing elderly on the network in order to contribute to security of pharmacotherapy during the transition from care and conducting postdischarge telephone contact. This study was aimed at analyzing the instructions given during the high and described in pharmacotherapeutic referrals and profile of these indivÃuos in postdischarge contact. Methods:
It is retrospective cohort study, developed in a general public hospital in Belo Horizonte teaching, Minas Gerais, which conducts teaching, research and care, with reference to the network in emergency care, integrated into the SUS . The sample was the medical records of patients followed by pharmaceutical residents in multidisciplinary teams of the institution under study who were discharged on 17 January 2014 to December 3, 2014 and possessing pharmacotherapeutic forwarding drafted and which was carried out contact High post. Patients who did not meet one of the inclusion criteria were excluded. Results:
Pharmacotherapeutic referrals were made to 135 patients, however, the postdischarge contact was made with 63 of these. On the main orientations held high and described in pharmacotherapeutic referrals observed that the verbal guidance on the use of medicines was carried out with 133 (93.66%) patients, the guidance for access in 130 (91.55%) and the alert on adverse events and record the reactions occurred in 71 (71.13%). Most respondents needed help to administer medicines 50 (79.37%). The main caregivers were the daughters in 22 (34.92%) patients and wives 12 (19.05%), only 38 (58.46%) of the patients reported that they did consult with primary care physician after admission. Conclusion:
The pharmaceutical guidance in high and postdischarge contact are strategies adopted in the transition of care that can contribute to improved health education, safety and accessibility in the use of medicines.