Hospitalization of schizophrenic patients in the public health system of Minas Gerais, Brazil
Hospitalização de pacientes esquizofrênicos no Sistema Único de Saúde em Minas Gerais, Brasil

J. bras. econ. saúde (Impr.); 8 (3), 2017
Publication year: 2017

Objectives:

The aim of this study was to describe the socio-demographic and clinical variables, identify the determinants of length of stay and estimate the cost of inpatient treatment of schizophrenia in Minas Gerais, Brazil.

Methods:

A non-concurrent cohort was conducted in three psychiatric hospitals of Minas Gerais, Brazil. The data was collected from patients’ records in loco. The association between dependent and independent variables was evaluated via linear regression. The costs were calculated through an absorption costing method.

Results:

1,928 patients that met the inclusion criteria were identified. Most patients were male, had no life partner, studied no more than the middle school, had no occupation and lived in the city of hospital assistance. Haloperidol was the most prescribed antipsychotic drug. Risperidone was the most used second-generation antipsychotic, followed by olanzapine. Average length of stay was 30.3 days (SD = 37.5 days) and the median was 20 days. Female patients, living in cities other than the hospital’s, with involuntary or mandatory hospitalizations and in use of a second-generation antipsychotic (SGA) and a first-generation antipsychotic (FGA) were associated to a longer length of stay. Average cost of hospitalization was R$ 11,713.07 (US$ 5,300.03) per hospitalization. Our results were corroborated by literature data.

Conclusion:

We found that most schizophrenic inpatients were male, single, had a low educational level and no occupational activity. The longer length of stay was associated to the socio-demographic and clinical variables, sex, place of residence, willingness to hospitalization of the patient and antipsychotic use

Objetivos:

O objetivo deste estudo foi descrever as características sociodemográficas e clínicas, identificar os determinantes do tempo de permanência hospitalar e estimar o custo do tratamento hospitalar de pacientes com esquizofrenia em Minas Gerais, Brasil.

Métodos:

Uma coorte não concorrente foi conduzida em três instituições psiquiátricas de Minas Gerais, Brasil. Dados foram coletados dos prontuários dos pacientes in loco. A associação entre variáveis dependentes e independentes foi avaliada por meio de regressão linear. Os custos foram calculados por um método de Custeio de Absorção.

Resultados:

1.928 pacientes foram incluídos no estudo. A maior parte deles era do sexo masculino, não tinha companheiro de vida, estudou até o ensino fundamental, não tinha ocupação e vivia na cidade em que receberam atenção hospitalar. Haloperidol foi o antipsicótico mais prescrito. Risperidona foi o antipsicótico atípico mais utilizado, seguido pela olanzapina. O tempo médio de hospitalização foi de 30,3 dias (DP = 37,5 dias) e a mediana, de 20 dias. Pacientes do sexo feminino, vivendo em cidades diferentes de onde receberam atenção hospitalar, em hospitalização involuntária ou mandatória e em uso de antipsicóticos típicos e atípicos, foram associados a tempos de internação mais longos. O custo médio de hospitalização foi de R$ 11,713.07 (US$ 5,300.03) por hospitalização. Os resultados concordam com dados da literatura.

Conclusão:

A maior parte dos pacientes com esquizofrenia internados nas instituições avaliadas era do sexo masculino, solteira, tinha baixo nível educacional e não tinha ocupação. O tempo de permanência mais longo foi associado às variáveis sociodemográficas e clínicas, sexo, local de residência, tipo de hospitalização quanto à voluntariedade e o uso de antipsicóticos.

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