Arq. odontol; 52 (3), 2016
Publication year: 2016
Objetivo:
Verificar o acesso ao implante dentário osteointegrado no Sistema Único de Saúde (SUS).
Métodos:
Estudo epidemiológico descritivo realizado a partir de dados secundários do DATASUS relativos à
realização no SUS de implantes dentários osteointegrados, por região do Brasil, no período de janeiro de 2011
a dezembro de 2014. Para a análise descritiva dos dados foi realizada a distribuição de frequência em relação
ao gênero, raça, faixa etária, local de atendimento e o cálculo dos indicadores - Número de implantes dentários
osteointegrados por mil habitantes segundo região brasileira, Número de implantes dentários osteointegrados
por mil habitantes no Brasil e Média de implantes por pacientes atendidos com necessidade de implante.
Resultados:
A região Sul foi responsável pela realização de maior número de implantes dentários no país
(81,75%), o número de procedimentos realizados pela região Nordeste representou apenas 0,5% do total
realizado no país, as regiões Centro-Oeste e Sudeste juntas realizaram menos de 20% do total. A região Norte
ainda não realizou o procedimento. O gênero feminino (63%), a raça branca (49%) e a faixa etária de 20 a 59
anos (67,8%) tiveram maior acesso ao implante dentário osteointegrado no SUS. Os Centros de Especialidades
Odontológicas foram responsáveis pela realização de 79,2% dos implantes dentários osteointegrados, e
11,5% foram realizados em hospitais. Em relação à população brasileira, o número de implantes dentários
osteointegrados por mil habitantes foi 0,14. Conclusão:
O acesso ao implante dentário osteointegrado no SUS
representa um grande avanço em relação à integralidade da atenção à Saúde Bucal no Brasil, mas este ainda é
incipiente e muito desigual entre as regiões brasileiras.(AU)
Aim:
To verify the access to osseointegrated
dental implants in the Brazilian Unified Health
System (SUS). Methods:
This is a descriptive,
epidemiological study, conducted by means of secondary data obtained from DATASUS, and is related
to the carrying out of osseointegrated dental implants
at SUS, defined by region in Brazil, from January
2011 to December 2014. For the descriptive analysis
of the data, a frequency distribution was carried out
according to gender, race, age group, location of
procedure, and calculation of the indicators – number
of osseointegrated dental implants per thousand
inhabitants per region, number of osseointegrated
dental implants per thousand inhabitants in Brazil,
and average number of osseointegrated dental
implants received by patients who truly needed dental
implants. Results:
The Southern region of Brazil was
responsible for the largest number of dental implants
in the country (81.75%); the number of procedures
carried out in the Northeastern region of Brazil
represented only 0.5% of all implants carried out in
the country; the Southeastern and Midwestern regions
of the country, together, carried out less than 20%
of the total number of implants; while the Northern
region has not yet performed any osseointegrated
dental implants. Females (63%), whites (49%),
and the 20-59 year-old age group (67.8%) had the
most access to osseointegrated dental implants at
SUS. Dental Specialty Clinics were responsible for 79.2% of the osseointegrated dental implants, while
11.5% were performed in hospitals. As regards the
Brazilian population, the number of osseointegrated
dental implants per thousand inhabitants was 0.14.
Conclusion:
Access to osseointegrated dental
implants at SUS represents an enormous advance in
the integrity of Oral Health Care in Brazil, but it is
still in its early stages and is very unequal throughout
Brazil.(AU)