Rev. APS; 19 (4), 2016
Publication year: 2016
Objetivo:
Identificar a percepção de gestantes não aderentes ao tratamento odontológico a respeito do mesmo, especialmente no que se refere a sua concepção de saúde bucal e conhecimento da relação entre saúde bucal e gestação. Método:
Pesquisa qualitativa com técnica de entrevista semiestruturada, envolvendo oito gestantes de duas unidades de Estratégia de Saúde da Família que realizavam pré-natal com histórico de não adesão ao tratamento odontológico. Os dados provenientes das entrevistas foram gravados em áudio, transcritos e analisados a partir da técnica de análise de conteúdo com estabelecimento de categorias de análise. Resultados:
A média de idade das gestantes foi de vinte e três anos, com mínimo de dezenove e máximo de trinta e cinco anos. Foram identificadas as seguintes categorias de análise:
a) Medo de dentista; b) Necessidade de assistência; c) Desinformação; d) Dificuldade de acesso e e) Falta de adesão ao tratamento odontológico. Conclusões:
A baixa aderência ao cuidado odontológico entre as gestantes participantes deste estudo está associada ao medo de sentir dor ou receio de o tratamento afetar seu bebê. As gestantes compreendem o tratamento odontológico limitado a procedimentos cirúrgico-restauradores. O dentista deve promover a saúde, sem deixar de oferecer o cuidado técnico-assistencial apropriado para as gestantes.
Purpose:
Identify the perception of non-adherent pregnant women about dental treatment about itself, especially as regards his conception of oral health and knowledge of the relationship between their own oral health and pregnancy. Method:
Qualitative research with semi-structured interview technique involving eight pregnant women of two units of the Family Health Strategy that performed prenatal routine care with a history of non-adherence to dental treatment. Data from the interviews were audio recorded, transcribed and analyzed using the technique of content analysis to establish categories of analysis. Results:
The mean age of the group was twenty-three years with a minimum nineteen and maximum thirty-five. The following categories of analysis were identified from the interviews:
a) Fear of the dentist; b) Need for assistance; b) Disinformation; c) Lack of access d) Lack of adherence to dental treatment. Conclusions:
The low adherence to dental care among pregnant women participating in this study is associated with fear of pain or apprehension of treatment impacts their babies. Pregnant women understand limited dental treatment to surgical, restorative procedures. The dentist should promote health without ceasing to provide the appropriate technical care for pregnant women.