Introdução:

Define-se pé diabético como "infecção, ulceração e ou destruição dos tecidos profundos, associados a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores", que é a principal causa de amputações não traumá- ticas. Este estudo objetiva identificar fatores de risco para amputação de pé diabético dos portadores de diabetes.

Métodos:

Trata-se de um estudo do tipo caso-controle, transversal, observacional e prospectivo, realizado através da coleta de dados por aplicação de questionário e pesquisa de outras informações no sistema de registro eletrônico de prontuários do Hospital Santa Isabel (HSI) e do Núcleo de Atenção ao Diabético (NAD) em Blumenau/SC.

As variáveis analisadas nos prontuários foram:

complicações microvasculares e macrovasculares, valor de HbA1c, perfil lipídico, cálculo de IMC (índice de massa corporal), realização prévia de arteriografia, presença de pulsos arteriais e classificação de Wagner.

Resultados:

Verificou-se que o tempo de diagnóstico da doença foi fator de risco e o HDL-C foi considerado fator protetor para o desfecho. Entre as demais variáveis, não possuir amputações prévias, neuropatia, doença vascular periférica e complicações cardiovasculares, não se consultar no NAD, não realizar arteriografia e ausência de pulsos distais bilaterais foram considerados significativos (p<0.05). Apesar da variável HbA1c não ter apresentado valor significativo, é de suma importância o seu controle.

Conclusões:

Através do estudo, conclui-se que os pacientes amputados apresentam maior proporção de fatores de risco não controlados. Estudos, com delineamento longitudinal e amostras maiores, são necessários para se estabelecer as correlações significativas entre essas variáveis e os desfechos de amputação de membros inferiores nos pacientes diabéticos(AU)