Perfil dos profissionais atuantes na gestão em saúde frente ao novo modelo de reorganização do SUS: a regionalização

Moura, Dean Carlos Nascimento de; Pinto, José Reginaldo; Aragão, Antônia Eliana de Araújo

Este estudo busca analisar o perfil dos profissionais de saúde e sua inserção no novo modelo de reorganização da gestão do SUS por meio do Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP), estabelecidos nas regiões de saúde do estado do Ceará. Pesquisa documental, bibliográfica, quantitativa, extraída por fontes de dados secundários, utilizando-se os COAPs de 19 Regiões de Saúde do Estado, produzidos e apresentados no final do ano de 2011 e disponibilizados no site da Secretaria Estadual de Saúde (SESA). O acesso ocorreu durante todo o mês de outubro de 2014. Nesses documentos foram coletados a quantidade de profissionais de saúde, a qualificação desses trabalhadores e os vínculos empregatícios que tinham ao ocupar cargos na gestão dos municípios que compunham as regiões em estudo. Os dados foram apresentados em tabelas, com estatísticas percentuais simples, tabuladas no SPSS versão 20.0. Os achados confirmaram que existe um maior número de profissionais médicos, enfermeiros, auxiliares administrativos e odontólogos distribuídos desigualmente entre as regiões de saúde. Também foi possível visualizar que a maior parte dos trabalhadores eram contratados (57%), seguido dos terceirizados (30%). A menor parte tinha vínculo estável, sendo concursados (11,9%), além dos cedidos (0,2%) ou cooperados (0,9%). Em relação à qualificação dos empregados, foi demonstrado que houve predominância de cursos de atualização nas regiões de saúde de Acaraú e Sobral. O estudo reflete sobre as condições laborais precárias dos servidores de saúde, com vulnerabilidade de vínculos, distribuição e qualificação irregular por região, que interfere no fortalecimento da regionalização.(AU)

This study analyzes the profile of health professionals and their inclusion in the new model of SUS (Public Health System) management reorganization through Organizational Contract of Public Action (COAP), established in health regions of the state of Ceará. Documentary, bibliographical, quantitative research, drawn by secondary data sources, using the COAPs 19 State Health Regions, produced and presented at the end of 2011 and made available on the State Department of Health website (SESA). Access occurred throughout the month of October 2014. These documents demonstrated the amount of health care professionals, the qualification of these workers and work regimes that had to hold positions in the management of counties that constituted the regions studied. The data were presented in tables, simple percentage statistics arranged using SPSS version 20.0. The findings confirm that there were greater number of physicians, nurses, technicians and dentists unevenly distributed between health regions. It was also possible to see that most of the workers were contracted (57%), followed by a outsourced (30%). The minority had a stable attachment (11.9%), others were assigned (0.2%) or cooperative (0.9%). Regarding the qualification of employees, it was shown that there was a predominance of refresher courses in health regions Acaraú and Sobral. The study reflects on the poor working conditions of health workers, fragility of employment contracts, distribution and irregular qualification by region, which interferes with the strengthening of regionalization. (AU)

Este estudio analiza el perfil de los profesionales de salud y su inclusión en el nuevo modelo de la reorganización de la gestión del Sistema Único de Salud a través del Contrato Organizativo de Acción Pública (COAP), establecido en regiones de salud del estado Ceará. Pesquisa documental, bibliográfica, cuantitativa, extraidas por fuentes de datos secundarios, utilizándose los COAPs de 19 Regiones de Salud del Estado, producidos y presentados a finales de 2011 y disponibles en sitio de la Secretaría Estadual de Salud (SESA). El acceso se produjo durante el mes de octubre del 2014. En estos documentos se recogieron la cantidad de profesionales de la salud, la capacitación de estos trabajadores y de los vínculos laborales que tenían al ocupar cargos en la gestión de los municipios que formaban parte de las regiones en estudio. Los datos fueron presentados en tablas, con estadísticas porcentuales simples tabulados mediante el programa SPSS versión 20.0. Los resultados confirman que hay un mayor número de médicos, enfermeras, técnicos y dentistas desigualmente distribuidas entre las regiones de salud. También fue posible visualizar que la mayoría de los trabajadores fueron contratados (57%) o subcontratados (30%). La menor parte tenía vínculo estable, siendo concursados (11,9%), además de los otorgados (0,2%) o en cooperativa (0,9%). En relación a la calificación de los trabajadores, se demostró que hubo un predominio de cursos de actualización en las regiones de salud de Acaraú y Sobral. El estudio reflexiona sobre las malas condiciones de trabajo de los servidores de salud, con vulnerabilidad de vínculos, distribución y calificación irregular por región, que interfiere con el fortalecimiento de la regionalización.(AU)