Comparação entre Escala de Performance de Karnofsky e Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton como determinantes na assistência paliativa
Comparison of Karnofsky Performance Status Scale and Edmonton Symptom Assessment Scale as determinants in Palliative Assistance

Rev. Soc. Bras. Clín. Méd; 15 (1), 2017
Publication year: 2017

Objetivo:

Confrontar a baixa capacidade física do paciente com o número de sintomas apresentados, identificando o melhor momento para iniciar a intervenção paliativa.

Métodos:

Estudo de coorte em uma enfermaria geral de clínica médica com busca ativa por pacientes que necessitariam de assistência paliativa, aplicando a Escala de Performance de Karnofsky e a Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton. Foram avaliados 98 pacientes, com, no mínimo, 48 horas de internação, no período de 22 a 31 de julho de 2015.

Resultados:

Dentre os pacientes que necessitavam de cuidados paliativos, 21% apresentavam Escala de Perfomance de Karnofsky de 100% (sem sinais ou queixas e sem evidência de doença) e possuíam uma quantidade superior a cinco sintomas de graduações altas que necessitariam de abordagem. Porém, quando a dependência era acentuada, com Escala de Perfomance de Karnofsky de 30% (extremamente incapacitado, necessitando de hospitalização, mas sem iminência de morte), os pacientes apresentavam quantidade inferior a cinco sintomas na Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton.

Conclusão:

Quanto maior o grau de independência, maior a quantidade de sintomas e mais expressivas foram as queixas. Seria vantajoso, para o paciente e seus familiares, uma assistência paliativa precoce; pois, se estes sintomas forem corretamente controlados, seria possível viver de uma forma mais digna. Já quando a dependência física é alta, os sintomas tenderam a ser menos expressivos, diminuindo as opções para atingir uma melhor qualidade de vida, justificando também a realização de uma abordagem paliativa logo após o diagnóstico.

OBJECTIVE:

To confront the patient’s low physical capacity with their symptoms, identifying the best moment to iniciate palliative intervention.

METHODS:

Cohort study in a general clinic infirmary with active search of patients that require palliative assistance, through the application of Karnofsky Performance Status Scale and Edmonton Symptoms Assessment Scale. Ninetyeight patients with at least 48 hours of hospitalization were analyzed from July 22 to 31, 2015.

RESULTS :

Of the patients in need for palliative assistance, 21% had a 100% score in the Karnofsky Performance Status Scale (no signs or complaints; no evidence of disease) and had more than five high-ranking symptoms that would require palliative approach. Nevertheless, when the symptoms were severe, presenting a 30% score in the Karnofsky Performance Status Scale (extremely incapacitated in need for hospitalization, but no imminence of death), patients showed less than five symptoms in Edmonton Symptoms Assessment Scale.

CONCLUSI ON:

The greater the independency, the more symptoms and more expressive the complaints. An early palliative assistance would be beneficial for the patients and their family, because if those symptoms were correctly controlled, that would allow the patients to live a more decent life. However, when physical dependency is high, the symptoms tend to be less expressive, reducing the options to achieve a better quality of life, what warrants a palliative approach right after the diagnosis.

More related