ABCS health sci; 42 (1), 2017
Publication year: 2017
INTRODUÇÃO:
O câncer é reconhecido como uma doença familiar, não apenas sob o ponto de vista genético, mas pelo impacto que gera. É uma doença que exige mudanças e reorganização na vida cotidiana, incorporando os familiares nos cuidados que o tratamento exige. OBJETIVO:
Compreender os sentimentos de familiares cuidadores ao enfrentarem o diagnóstico, o tratamento e a evolução do câncer em um ente querido. MÉTODOS:
Pesquisa qualitativa, realizada com sete familiares cuidadores de parentes com câncer e em tratamento; no segundo semestre de 2011, em uma unidade de oncologia na cidade de Montes Claros, Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas, que foram gravadas, transcritas e analisadas pela técnica de análise do conteúdo. RESULTADOS:
Os familiares demonstraram sentimentos relacionados à mudança de vida, angústias e privações que o tratamento do câncer impõe. Declararam-se cansados, estressados, amedrontados e chorosos, vivendo uma grande oscilação emocional. Porém, na tentativa de superar o sofrimento, os mesmos se atem à religiosidade. CONCLUSÃO:
O cuidado ao paciente oncológico não deve ser centrado apenas no doente ou na doença, mas na família que o rodeia, requerendo um cuidado humanizado, com apoio físico e psicossocial, proporcionando à família qualidade de vida durante o tratamento.
INTRODUCTION:
The cancer is recognized as a family disease, not just under the genetic point of view, but also by the impact it generates. It is a disease that requires changes and reorganization in everyday life, incorporating the relatives in care that the treatment requires. OBJECTIVE:
To understand the feelings of family caregivers coping diagnosis, treatment and the development of cancer in a loved one. Methods:
Qualitative research conducted with seven family members’ caregivers of relatives with cancer and under treatment; in the second half of 2011, in an Oncology unit in the city of Montes Claros, Minas Gerais, Brazil. The data were collected through interviews, which were recorded, transcribed and analyzed by the content analysis technique. RESULTS:
The relatives have shown life-changingrelated feelings, troubles and privations that the cancer treatment requires. They declared himself tired, stressed, frightened and
weeping, living a big emotional swing. However, in an attempt to overcome the suffering, they hold on to religion. CONCLUSION:
The care of the oncological patient should not be only focused on the patient or the disease, but also in the family surrounding him, requiring a humanized care with physical and psychosocial support, providing the family quality of life during treatment.