Esponjas utilizadas em cozinha hoteleira: contaminação e métodos de desinfecção
Sponges used in hotel cooking: contamination and disinfection methods
Hig. aliment; 31 (264/265), 2017
Publication year: 2017
Um dos mais relevantes problemas
em uma Unidade de Alimentação
e Nutrição (UAN), referente a
surtos alimentares, é a contaminação
cruzada. Desta forma, acredita-
-se que a esponja de cozinha seja um
possível vetor da contaminação microbiológica
em alimentos. De fato
não existem padrões de tempo de uso
para esponjas e este pode ser um problema,
pois estas são acondicionadas
à temperatura ambiente em meio
umedecido rico em matéria orgânica.
Além de se conhecer o nível de contaminação
microbiológica, é também
necessário descobrir qual o melhor
método de higienização, a fim de se
manter a segurança microbiológica
do local, prevenindo assim a contaminação
cruzada e consequentemente
a ocorrência de um surto de
doença transmitido por alimentos.
Foram utilizadas esponjas com 24 a
48 horas de uso regular na cozinha
de uma UAN hoteleira, estas foram
submetidas à contagem microbiológica
e aos métodos de desinfecção:
imersão em solução de hipoclorito
por 15 minutos e em água fervente
por 5 minutos. A carga microbiana
das esponjas sem higienização analisadas
foi de 4,29x105 UFC/cm² (±
1,2x105 UFC/cm²), das tratadas com
hipoclorito foi 5,64x103 UFC/cm² (±
1,63x10³ UFC/cm²) e das submetidas
à fervura foi 1,1x10-1 UFC/cm² (±
1,26x10-2 UFC/cm²). Diante destas
análises é possível afirmar que a esponja
é sim um vetor em potencial de
contaminação microbiológica e que
a imersão em água fervente é o processo
de desinfecção mais eficiente,
entre os avaliados neste estudo, para
reduzir a carga microbiológica de esponjas
de cozinha.