Baixa escolaridade e doenças mentais em idosos: possíveis correlações
Low education level and mental illness in older adults: Possible correlations

Rev. ciênc. méd., (Campinas); 25 (1), 2016
Publication year: 2016

Objetivo Descrever amostra de 334 idosos atendidos em ambulatórios do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas quanto ao perfil sociodemográfico e clínico-psicológico e avaliar a relação entre baixa escolaridade e as variáveis clínicas. Métodos Esta pesquisa transversal com foco descritivo foi realizada com os dados digitais dos prontuários dos pacientes com transtorno mental, seguidos nas áreas de Geriatria, Psiquiatria e Neurologia do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Avaliou-se gênero, faixa etária, estado conjugal, escolaridade, diagnóstico psiquiátrico através da Classificação Internacional de Doenças, comorbidades, número de consultas no ano anterior à pesquisa, tempo de tratamento e óbitos. Para comparar os grupos segundo níveis de escolaridade, utilizou-se o teste Qui-quadrado, com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados Verificou-se que a amostra era composta predominantemente por mulheres (65,5%); por idosos na faixa etária entre 70-79 anos (41,3%); casados (56,6%); e com ensino fundamental incompleto (65,0%). Os transtornos mentais rgânicos estavam presentes em 56,9% da amostra, seguidos por 28,1% com transtornos de humor. A baixa escolaridade teve associação positiva com tempo de tratamento, número de consultas e presença de comorbidades. Conclusão O conhecimento das características dessa população pode ajudar a compreender as interrelações entre envelhecimento e os sinais/sintomas dos transtornos mentais, visando o planejamento, o diagnóstico e o tratamento precoce e mais eficiente.
Objective To describe the sociodemographic, clinical, and psychological profiles of a sample of 334 older adults treated at the outpatient clinics of the Clinics Hospital of Universidade Estadual de Campinas and to assess the relationship between low educaiton level and clinical variables. Methods This cross-sectional study with a descriptive focus used the electronic data in the medical records of patients with mental illnesses followed by the areas of geriatrics, psychiatry, and neurology of the Clinics Hospital of Universidade Estadual de Campinas.

The following variables were assessed:

gender, age, marital status, education level, psychiatric diagnosis according to the International Classification of Diseases, comorbidities, number of medical appointments in the last year, treatment duration, and deaths. The Chi-square test compared the groups by education level at a significance level of 5% (p<0.05). Results The sample consisted mostly of women (65.5%), individuals aged 70-79 years (41.3%), married individuals (56.6%), and individuals who had not completed Elementary School (65.0%). Organic mental disorders were present in 56.9% of the sample, followed by mood disorders (28.1%). Low education level was positively associated with treatment duration, number of medical appointments, and presence of comorbidities. Conclusion Knowing the characteristics of this population may help understand the interrelationships between aging and the signs and symptoms of mental disorders, diagnose mental disorders earlier, and more efficiently plan the treatment and treat mental disorders.

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