Efeito do Treinamento Resistido na Contratilidade Miocárdica In Vitro após a Privação de Sono
Effect Of Resistance Training On Myocardial Contractility In Vitro After Sleep Deprivation

Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.); 30 (1), 2017
Publication year: 2017

Fundamento:

O treinamento resistido promove benefícios à saúde cardiovascular, a qual é influenciada pela privação de sono.

Objetivo:

Investigar o efeito prévio do treinamento resistido de alta intensidade sobre a contratilidade miocárdica de ratos privados de sono paradoxal.

Métodos:

Quarenta ratos machos Wistar foram distribuídos nos grupos controle (CTRL), treinamento resistido (TRES), privação de sono paradoxal por 96 horas (PSP96) e treinamento resistido seguido de privação de sono paradoxal por 96 horas (TRES/PSP96). O treinamento resistido foi de alta intensidade, por 8 semanas, 5x/semana. Vinte e quatro horas após a última sessão de treinamento, os grupos PSP96 e TRES/PSP96 foram submetidos ao protocolo de privação de sono paradoxal e em seguida foi realizado o estudo in vitro da mecânica contrátil do músculo papilar isolado.

Resultados:

Em comparação ao CTRL, os grupos PSP96 e TRES/PSP96 apresentaram menor comprimento do músculo papilar e aumento da área de secção transversa. Associado a essas alterações, verificou-se a diminuição das derivadas temporais da força na contração e relaxamento em todas as condições avaliadas. Somente o grupo PSP96 apresentou redução da tensão de repouso e lentidão no tempo de relaxamento, sendo este último atenuado pelo treinamento resistido prévio.

Conclusão:

O treinamento resistido prévio à PSP foi parcialmente protetor contra as alterações contráteis do músculo papilar, minimizando a lentidão no tempo de relaxamento. Assim, o caráter de alta intensidade do protocolo adotado parece não proteger plenamente o tecido cardíaco frente a PSP

Background:

Resistance training promotes cardiovascular health benefits that may affected by sleep deprivation.

Objective:

To evaluate the effect of high-intensity resistance training on myocardial contractility in rats subsequently subjected to paradoxical sleep deprivation.

Methods:

Forty male Wistar rats were distributed into control group (CTRL), resistance training (REST), 96-hour paradoxical sleep deprivation (PSD96) and resistance training followed by 96-hour paradoxical sleep deprivation (REST/PSD96). The animals underwent highintensity resistance training for 8 weeks, 5x/week. Twenty-four hours after the last training session, the PSD96 and REST/PSD96 groups were submitted to paradoxical sleep deprivation, which was followed by the in vitro study of isolated papillary muscle contractile mechanics.

Results:

In comparison with the CTRL group, a lower papillary muscle length and increased cross sectional area were found in PSD96 and RETS/PSD96, which were associated with decreased temporal parameters of contraction force and relaxation. Decreased resting tension and slowing of relaxation time were found in the PSD96 group only. This effect was attenuated by previous resistance training.

Conclusion:

Resistance training partially prevented contractile changes induced by PSD, minimizing the slowing in relaxation time. Thus, high-intensity exercise seems to not fully protect the cardiac tissue from PSD-induced effects

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