Prevalência de Hipertensão em Crianças de Escolas Públicas
Prevalence of Hypertension in Children from Public Schools

Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.); 30 (1), 2017
Publication year: 2017

Fundamentos:

Há uma discrepância entre protocolos utilizados para o diagnóstico da hipertensão infantil, sendo o mais indicado a aferição da pressão arterial em pelo menos três momentos distintos.

Objetivo:

Identificar a prevalência de hipertensão arterial em crianças, e realizar associação com a variável estado nutricional.

Métodos:

Trata-se de um estudo longitudinal, que incluiu todas as crianças de 7 a 10 anos matriculadas nas escolas públicas e que apresentaram autorização dos responsáveis, totalizando 722 crianças. Na primeira avaliação, a família da criança respondeu a um questionário, e a criança foi submetida às análises antropométrica e hemodinâmica. A pressão arterial foi aferida três vezes em três momentos distintos. Crianças que apresentaram pressão arterial elevada no primeiro momento foram reavaliadas em um segundo momento; aquelas que permaneceram com pressão arterial elevada foram reavaliadas em um terceiro momento.

Resultados:

A prevalência de pressão arterial elevada no primeiro momento foi de 8,1%, no segundo foi de 3,2% e no terceiro de 2,1%. O estado nutricional esteve associado de forma significante ao aumento das médias das pressões arteriais sistólica e diastólica, sendo maiores nas crianças com sobrepeso e obesidade. As crianças classificadas como obesas, em todos os momentos, foram as que apresentaram maior prevalência de pressão arterial elevada.

Conclusão:

Com aferições da pressão arterial de crianças em diferentes momentos foi possível a redução dos casos falsos-positivos para hipertensão arterial. O estado nutricional esteve diretamente relacionado ao aumento dos valores pressóricos. Realizar as medições em consultas rotineiras torna-se fundamental para o diagnóstico e a intervenção precoce

Background:

There is a discrepancy between protocols used for the diagnosis of childhood hypertension, and the most recommended one is the measurement of blood pressure in at least three different moments.

Objective:

To identify the prevalence of hypertension in children, and to associate it with the nutritional status variable.

Methods:

This is a longitudinal study, which included all children aged 7 to 10 years enrolled in public schools and had the authorization of their parents/guardians, totaling 722 children. In the first evaluation, the child's family answered a questionnaire, and the child was submitted to anthropometric and hemodynamic evaluation. Blood pressure was measured three times at three different times. Children who had high blood pressure at the first moment were reassessed at a second time; those who persisted with high blood pressure were re-evaluated at a third moment.

Results:

The prevalence of high blood pressure at the first moment was 8.1%, being 3.2% in the second and 2.1% in the third. The nutritional status was significantly associated with the increase in systolic and diastolic blood pressures, being higher in overweight and obese children. The highest prevalence of high blood pressure was found in children classified as obese, at all moments.

Conclusion:

By performing blood pressure measurements of children at different moments, it was possible to reduce falsepositive cases for arterial hypertension. The nutritional status was directly associated with the increase in blood pressure values. Performing the measurements in routine consultations becomes essential for diagnosis and early intervention

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