Volume de Treinamento Aeróbio para o Aumento da Variabilidade da Frequência Cardíaca em Idosos
Quantity of Aerobic Exercise Training for the Improvement of Heart Rate Variability in Older Adult
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.); 30 (2), 2017
Publication year: 2017
Os marcadores autonômicos cardiovasculares como a sensibilidade do barorreflexo arterial espontânea
(SBR) e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) são prejudicadas com o envelhecimento. O treinamento
aeróbio (TA) pode aumentar a VFC, sugerindo uma alteração no controle neurorregulatório do coração,
melhorando assim os marcadores autonômicos e a cardio proteção. Em conjunto, a idade e o TA podem
influenciar na VFC, mas parecem reverter os efeitos gerais do declínio no desempenho físico e na VFC.
O objetivo desse estudo foi revisar outros estudos que discorrem sobre o volume necessário de TA para
produzir modificações na VFC na população idosa. A revisão seguiu as diretrizes do “Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and MetaAnalysis (PRISMA)”. Os artigos selecionados foram indexados nos bancos PubMed/MEDLINE, Lilacs e Scopus. As palavras-chave utilizadas foram “envelhecimento”, “variabilidade da frequência cardíaca”, “exercício”, combinadas com os descritores booleanos “AND” e “OR”, com os sinônimos “idosos”, “modulação autonômica cardíaca”, “treinamento aeróbio” e “treinamento de resistência”. Os filtros “línguas”, “humanos”, “idade” e “ensaio clínico” foram aplicados na seleção dos artigos.
Inicialmente, 940 artigos foram encontrados: PubMed (n = 729), Lilacs (n = 16) e Scopus (n = 195). Filtros e pesquisas levaram à 287 potenciais estudos. A combinação das palavras-chave proporcionou 24 artigos que estavam de acordo com os critérios de inclusão. Após leitura completa dos textos, 17 estudos foram excluídos. Dos sete artigos, quarto apresentaram aumentos na VFC como resposta ao TA. Na população mais idosa, oito semanas de TA é suficiente para induzir mudanças positivas na VFC. Contudo, protocolos mais longos de exercício e maior intensidade também parecem ter influência na modulação autonômica cardíaca