Triagem para distúrbios visuais em escolares no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil
Screening for visual disturbances in schoolchildren in the city of Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil

Sci. med. (Porto Alegre, Online); 25 (4), 2015
Publication year: 2015

Objetvos:

Verificar a ocorrência de alterações visuais em escolares de uma instituição filantrópica do município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Métodos:

Foi realizado um estudo transversal com escolares de seis a 12 anos de idade, de ambos os sexos, que frequentavam uma instituição filantrópica no ano de 2012. Para a triagem visual foi utilizado o teste de Ishihara e a leitura da escala optométrica de Snellen. Posteriormente, os escolares com resultado alterado foram referenciados para avaliação com especialista em oftalmologia.

Resultados:

Foram incluídos no estudo 94 escolares, entre os quais 18 apresentaram alteração na triagem visual, sendo cinco com suspeita de discromatopsia e 13 com baixa acuidade visual segundo a Escala de Snellen. Onze escolares compareceram para consulta com especialista, sendo três por suspeita de discromatopsia e o oito por alteração da acuidade visual. Após a avaliação oftalmológica, verificou-se que, dos escolares com suspeita de discromatopsia, um apresentou dúvida quanto ao diagnóstico positivo. No tocante aos escolares triados por alteração da acuidade visual, dois apresentaram déficit visual.

Conclusões:

Os resultados demonstraram que embora uma parcela importante de escolares apresentasse alteração visual na triagem, a alteração não foi confirmada na maioria das avaliações oftalmológicas. Estes achados salientam a importância da triagem para detectar alterações oculares, desde que seguida por avaliações oftalmológicas, para o correto diagnóstico e orientação.

Aims:

To investigate the occurrence of visual disturbances in schoolchildren from a philanthropic institution in the city of Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil.

Methods:

A cross-sectional study was conducted with students aged six to 12 years, both male and female, who attended a philanthropic institution in 2012. The Ishihara test and the Snellen chart were used for visual screening. Later, those students with abnormal results were referred to a specialist.

Results:

Ninety-four schoolchildren were included in the study.

Eighteen were found by the visual screening to have some impairment:

suspected dyschromatopsia in five and poor visual acuity in 13, according to the Snellen chart. Eleven students, three with suspected dyschromatopsia and eight with poor visual acuity, went to see a specialist. After ophthalmologic evaluation, one child with suspected dyschromatopsia was unsure about the positive diagnosis. Among the students with abnormal visual acuity, two presented with visual deficit.

Conclusions:

The results show that, although a considerable number of students presented with some type of visual problem during the visual screening, impairment was not confirmed by most of the ophthalmologic evaluations. These findings highlight the importance of screening for the detection of visual disorders, provided that it is followed by ophthalmologic assessments for proper diagnosis and guidance.

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