Ocular toxoplasmosis with positive polymerase chain reaction in peripheral blood – report of two cases, São Paulo State, Brazil
Toxoplasmose ocular com reação em cadeia da polimerase positiva em sangue periférico – relato de dois casos, estado de São Paulo, Brasil

Sci. med. (Porto Alegre, Online); 25 (4), 2015
Publication year: 2015

Aims:

To describe the use of polymerase chain reaction (PCR) in peripheral blood and demonstrate its importance in the clinical follow-up of patients with ocular toxoplasmosis.

Case description:

Two immunocompetent patients were clinically diagnosed with acute ocular toxoplasmosis. The routine clinical evaluation consisted of fundus examination using binocular indirect ophthalmoscopy, color fundus photography, fluorescein angiography, and spectral domain optical coherence tomography. The serological diagnosis was made by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and confirmed by enzyme-linked fluorescent assay (ELFA). The molecular diagnosis was made by PCR in peripheral blood using the B1 gene of Toxoplasma gondii as marker. The younger patient was male, had previous lesion in the right eye, complained of low visual acuity in the left eye and was under treatment. The older patient was male, had retinal detachment, and presented with sudden loss of acuity in the right eye. The fundus examination revealed chorioretinal scar in the left eye. IgG was reactive, IgM was non-reactive, and PCR was positive in the peripheral blood of both patients. New blood samples were collected for serological and molecular monitoring and PCR remained positive in both cases. Six weeks after treatment with oral sulfadiazine and pyrimethamine, the PCR yielded negative results.

Conclusion:

The results show that T. gondii antigens may be found in peripheral blood during ocular reactivations and that PCR may be a good tool for the follow-up of patients with ocular toxoplasmosis.

Objetivos:

Descrever o uso da reação em cadeia da polimerase (PCR) no sangue periférico e demonstrar sua importância no acompanhamento clínico de pacientes com toxoplasmose ocular.

Descrição dos casos:

Dois pacientes imunocompetentes foram clinicamente diagnosticados com toxoplasmose ocular aguda. Rotineiramente, a avaliação clínica foi feita por fundoscopia com o uso de oftalmoscópio binocular indireto, retinografia colorida, angiografia fluorescente e tomografia de coerência óptica espectral. A sorologia foi realizada por ensaio imunoenzimático (ELISA) e confirmada por ensaio imunoenzimático fluorescente ELFA (IgG, IgM). O diagnóstico molecular foi realizado por PCR em sangue periférico usando o gene B1 de Toxoplasma gondii como marcador. O paciente mais jovem era do sexo masculino, apresentava lesão prévia no olho direito, queixa de baixa acuidade visual no olho esquerdo e estava sob tratamento. O paciente mais velho era do sexo masculino, apresentava descolamento de retina e súbita diminuição de visão no olho direito. A fundoscopia revelou cicatriz coriorretiniana no olho esquerdo. Ambos os pacientes tinham IgG reagente, IgM não reagente e PCR positivo em sangue periférico. Novas amostras de sangue foram coletadas para monitoramento sorológico e molecular e a PCR permaneceu positiva em ambos os casos. Seis semanas após o início do tratamento com sulfadiazina e pirimetamina oral, os resultados do PCR tornaram-se negativos.

Conclusões:

Os resultados mostram que antígenos de T. gondii podem ser encontrados em sangue periférico durante as reativações oculares e que a PCR parece ser uma boa ferramenta para o acompanhamento de pacientes com toxoplasmose ocular.

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