Desfechos materno-fetais do diabetes gestacional em serviço terciário de atenção obstétrica
Maternal and fetal outcomes of gestational diabetes in a tertiary obstetric center

Rev. AMRIGS; 59 (2), 2015
Publication year: 2015

Introdução:

Diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma das principais complicações da gestação, sendo definida como intolerância à glicose reconhecida neste período. Considerando as implicações neonatais e maternas decorrentes dessa comorbidade, este estudo tem como objetivo descrever os desfechos materno-fetais de gestantes diabéticas.

Métodos:

Estudo descritivo, em que se investigou o prontuário de 86 gestantes internadas por DMG (e seus neonatos), entre 01/01/2012 e 30/08/2013, no Hospital Universitário da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA).

Resultados:

A média de idade foi 31,9 ± 6,9 anos. Quanto ao parto, 60,5% foi por cesárea, sendo a idade gestacional média de 37 semanas e 6 dias. 55,8% das gestantes apresentaram algum desfecho adverso. O peso médio dos recém nascidos foi 3416 ± 528,2 gramas, 20,9% apresentaram hipoglicemia, 3,5% hiperbilirrubinemia, 12,8% disfunção respiratória e 10,5% necessitaram UTI Neonatal. As incidências de prematuridade e recém-nascido grande para idade gestacional foram de 25,5%. O tempo médio de internação foi de 67 horas.

Conclusões:

Os resultados suportam os achados esperados de morbidade neonatal associada ao DMG, com expressiva incidência de desfechos neonatais constatados na população estudada, em especial, prematuridade, hipoglicemia neonatal e recém-nascido grande para a idade gestacional. Nossos dados reforçam a importância do rastreamento e manejo adequado desta patologia devido à alta incidência de complicações neonatais e morbidade associado a essa condição (AU)

Introduction:

Gestational diabetes mellitus (GDM) is a major complication of pregnancy, defined as glucose intolerance recognized in this period. Considering the neonatal and maternal implications of this comorbidity, this study aims to describe the maternal and fetal outcomes of pregnant diabetic women.

Methods:

Descriptive study, which investigated the medical records of 86 pregnant women hospitalized for DMG (and their newborns) between Jan 1, 2012 and Aug 30, 2013 at the University Hospital of the Lutheran University of Brazil (ULBRA).

Results:

Mean age was 31.9 ± 6.9 years. As for the birth, 60.5% was by caesarean section, with mean gestational age of 37 weeks and 6 days. 55.8% of the patients presented some adverse outcome. The mean weight of newborns was 3416 ± 528.2 grams, 20.9% had hypoglycemia, 3.5%, hyperbilirubinemia, 12.8% respiratory dysfunction, and 10.5% required neonatal ICU. The incidence of prematurity and large-for-gestational-age newborn was 25.5%. The mean hospital stay was 67 hours.

Conclusion:

Our results support the expected findings of neonatal morbidity associated with GDM, with a significant incidence of neonatal outcomes observed in the study population, especially prematurity, neonatal hypoglycemia and large-for-gestational-age newborn. Our data reinforce the importance of screening and appropriate management of this disease due to the high incidence of neonatal morbidity and complications associated with this condition

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