Perfil genotípico das mutações do HIV-1 relacionadas a terapia antirretroviral
Genotypic profile of HIV1 mutations related to antiretroviral therapy

Rev. AMRIGS; 55 (3), 2011
Publication year: 2011

O teste de genotipagem em pacientes infectados pelo HIV-1 é capaz de selecionar a melhor terapia antirretroviral e auxiliar nos casos de falha terapêutica. O mapeamento das mutações, assim como o perfil de resistência dos antirretrovirais é uma forma de aprimorar e conhecer melhor as utilidades desta técnica.

Métodos:

Foram avaliados 88 exames de genotipagem, realizados nos anos de 2007 a 2009 em pacientes infectados pelo HIV-1, de exames realizados nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Entre os 88 exames, 13 destes foram descartados por impossibilidade da amplificação do RNA viral.

Resultados:

Observamos um predomínio pelo sexo masculino (n=47, 62,7%) e uma maior prevalência do subtipo B (n=53, 70,7%), seguido do C (n=16, 21,3%). Em relação às mutações, 97,4% (n=73) dos pacientes apresentaram-nas na região da protease, sendo a mais prevalente a L63P (n= 43, 43,88%). Entre os Inibidores de Transcriptase reversa, 68 (90,7%) pacientes apresentaram mutação nessa região e dentro das suas classes, os Inibidores de Transcriptase Reversa não Análogos ao Nucleosídeo (ITRNN) apresentaram uma maior prevalência na mutação K103N (n=25, 28,41%) e, entre os Inibidores de Transcriptase Reversa Análogos ao Nucleosídeo (ITRN), encontramos uma maior prevalência no M184V (N=50, 56,82%). Em relação à resistência aos antirretrovirais, 85,4% (n=64) dos pacientes apresentaram resistência a algum Inibidor de Protease e 92% (n=69) dos pacientes apresentaram resistência a algum Inibidor de Transcriptase Reversa.

Conclusão:

O teste de genotipagem demonstrou-se útil para mapear e identificar as principais mutações, assim como determinar os antirretrovirais mais resistentes.
The genotyping test in patients infected with HIV-1 is able to select the best antiretroviral therapy and assist in cases of therapeutic failure. The mapping of mutations and the resistance profile of antiretroviral drugs is a way to enhance and better understand the utility of this technique.

Methods:

We evaluated 88 genotyping tests performed from 2007 to 2009 in patients infected with HIV1 in the states of Sao Paulo, Paraná and Santa Catarina. Thirteen of the 88 tests were discarded because of failure of amplification of viral RNA.

Results:

There was a predominance of males (n = 47, 62.7%) and a higher prevalence of subtype B (n = 53, 70.7%), followed by C (n = 16, 21.3%). Regarding mutations, 97.4% (n = 73) of patients showed them in the protease region, L63P being the most prevalent (n = 43, 43.88%). Among reverse transcriptase inhibitors, 68(90.7%) patients had mutations in this region, and within classes, non-nucleoside reverse-transcriptase inhibitors (NNRTIs) showed a higher prevalence of mutation K103N (n = 25, 28 , 41%), while among nucleoside analog reverse-transcriptase inhibitors (NARTIs) we found a higher prevalence in M184V (N = 50, 56.82%). Regarding resistance to antiretrovirals, 85.4% (n = 64) of patients showed resistance to some protease inhibitor and 92% (n = 69) of patients showed resistance to some reverse transcriptase inhibitor.

Conclusion:

The genotyping test was shown to be useful to map and identify major mutations, as well as to determine the most effective antiretrovirals.
VIH

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