Estrongiloidiasis humana: una enfermedad olvidada, un problema vigente
Human Strongyloidiasis: a forgotten disease, an ongoing problem
Estrongiloidiase humana: una doença esquecida, um problema vigente

Med. U.P.B; 33 (1), 2014
Publication year: 2014

La estrongiloidiasis humana es una infección del intestino delgado superior que, en la mayoría de hospederos inmunocompetentes, transcurre de forma asintomática. En el mundo se estima que el parásito afecta alrededor de 100 millones de personas que viven en 70 países y las regiones tropicales y subtropicales son las áreas de mayor prevalencia. Una característica del parásito Strongyloides stercoralis es su capacidad para desarrollar ciclos de autoinfección, con la posibilidad de evolucionar a la infección crónica del hospedero inmunocompetente, mientras que en pacientes inmunocomprometidos, principalmente trasplantados e infectados por el Virus Linfotrópico de células T humano tipo 1, desencadena un síndrome de hiperinfección potencialmente letal. Si se considera el aumento, cada vez mayor, de trasplantes de órganos sólidos en Colombia, sumado a la falta de validez diagnóstica que presentan las herramientas de análisis parasitológico disponibles en nuestro medio e, incluidas en la búsqueda rutinaria de parásitos intestinales en los protocolos pre-trasplante o pre-terapia inmunosupresora, es necesario un diagnóstico rápido y preciso en estos pacientes de alto riesgo. La presente revisión temática hace un llamado al personal médico para que adquiera conciencia en el contexto sanitario regional y nacional sobre la estrongiloidiasis como una parasitosis oportunista que debe ser considerada en la sospecha clínica y que está asociada a mortalidad, en los casos del síndrome de hiperinfección por S. stercoralis en pacientes inmunocomprometidos, en especial si no es diagnosticada y tratada de forma oportuna.
Strongyloidiasis is an infection in the upper small intestine that, in most immunocompetent hosts, occurs asymptomatically. It is estimated that this parasite affects 100 million people living in 70 countries around the world, with highest prevalence in tropical and sub-tropical regions. One characteristic of the Strongyloides stercoralis parasite is its ability to develop cycles of auto-infection, with the possibility of evolving to chronic infection in immunocompetent hosts. However, in immunocompromised hosts (mainly transplanted patients and those infected by human T-cell lymphotropic virus type 1), it can lead to a potentially fatal hyperinfection syndrome. Taking into account the increasing number of solid organ transplants in Colombia and the lack of diagnostic validity offered by the parasitological analysis tools available in this setting, which are used in the routine search for intestinal parasites in pre-transplant protocols or those prior to immunosuppressor therapy, a quick and precise diagnosis in these high-risk patients is necessary. This topic review calls for medical personnel to be informed in the regional and national sanitary conditions regarding strongyloidiasis as an opportunistic parasitosis that should be taken into account in clinical diagnosis and which is associated to mortality in the cases of hyperinfection by S. stercoralis in immunocompromised patients, particularly when not diagnosed and treated in a timely manner.
A estrongiloidiase humana é uma infecção do intestino delgado superior que, na maioria de hospedeiros imunocompetentes, transcorre de forma assintomática. No mundo se estima que o parasito afeta ao redor de 100 milhões de pessoas que vivem em 70 países e as regiões tropicais e subtropicais são as áreas de maior prevalência. Uma característica do parasito Strongyloides stercoralis é sua capacidade para desenvolver ciclos de autoinfecção, com a possibilidade de evolucionar à infecção crónica do hospedeiro imunocompetente, enquanto que em pacientes imunocomprometidos, principalmente transplantados e infectados pelo Vírus Linfotrópico de células T humano tipo 1, desencadeia uma síndrome de hiper-infecção potencialmente letal. Se se considera o aumento, cada vez maior, de transplantes de órgãos sólidos na Colômbia, somado à falta de validez diagnóstica que apresentam as ferramentas de análise parasitológico disponíveis em nosso meio e, incluídas na busca rotineira de parasitos intestinais nos protocolos pré-transplante ou pré-terapia imunosupressora, é necessário uma diagnóstico rápido e preciso nestes pacientes de alto risco. A presente revisão temática faz um chamado ao pessoal médico para que adquira consciência no contexto sanitário regional e nacional sobre a estrongiloidiase como uma parasitose oportunista que deve ser considerada na suspeita clínica e que está associada a mortalidade, nos casos da síndrome de hiper-infecção por S. stercoralis em pacientes imunocomprometidos, em especial se não é diagnosticada e tratada de forma oportuna.

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