O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da aparência dentofacial sobre a atração interpessoal entre escolares de 5 e 10 anos de idade no município de Patos/PB. A presença de más oclusões pode ser considerada um problema de saúde pública, apresentando alta prevalência e impacto social devido à interferência na qualidade de vida dos indivíduos. Imagens fotográficas de dois meninos e duas meninas, de 5 e 10 anos, foram modificadas através de computação gráfica, obtendo-se, para cada criança, um padrão facial harmonioso (face equilibrada) e três desarmoniosos, correspondentes às más oclusões de Classe II, III e da face longa. Cada criança da amostra, de forma individual, recebeu uma cartela contendo as montagens fotográficas de crianças na mesma faixa etária para que selecionasse as faces, segundo suas preferências e rejeições, abordando os aspetos de amizade, agressividade e beleza. Observou-se que em relação ao contexto da amizade e da beleza o maior índice de rejeição foi associado à Classe II. Crianças mais agressivas foram associadas à face longa. Os resultados obtidos foram estatisticamente significativos. Concluiu-se que as más oclusões mais acentuadas atuam como interferência na interação social de crianças e pré-adolescentes, haja visto que padrões faciais desarmônicos foram apontados com maior frequência a quesitos envolvendo rejeição. (AU)