Introdução:

além do uso de materiais e técnicas capazes de promover o sucesso do tratamento endodôntico, é indispensável o conhecimento da anatomia interna da cavidade pulpar, uma vez que as variações em relação ao número, direção, aspecto, calibre e secção podem interferir no processo de limpeza e modelagem. Isso inclui os pré-molares inferiores, que podem apresentar três canais, cuja presença representa para o cirurgião-dentista uma situação clínica de grande dificuldade.

Objetivo:

o objetivo deste artigo foi relatar um caso clínico de tratamento endodôntico de um pré-molar inferior com três canais radiculares, destacando a necessidade de se conhecer as variações anatômicas presentes nesse grupo de dentes e as dificuldades que essa situação impõe para sua realização.

Métodos:

no tratamento endodôntico desse primeiro pré-molar inferior com três canais radiculares, foi realizada, após a abertura coronária, a exploração dos canais radiculares, sendo possível identificar a existência de três condutos. Na sequência, promoveu-se o preparo biomecânico por meio da técnica mista invertida, e o caso foi concluído com a obturação pela técnica de condensação lateral.

Conclusão:

a complexidade da anatomia do primeiro pré-molar inferior é responsável por muitos casos de insucesso clínico, visto que, em alguns casos, esses dentes possuem mais de dois canais radiculares, difíceis de serem identificados. Nesse sentido, o conhecimento da anatomia dentária e o uso de recursos diagnósticos representam grande importância no que tange à eficiência do tratamento.