ABCD (São Paulo, Impr.); 29 (4), 2016
Publication year: 2016
ABSTRACT Background:
Healing is an innate biological phenomenon, and carcinogenesis acquired, but with common humoral and cellular elements. Carcinogenesis interferes negatively in healing. Aim:
To evaluate the histological changes in laparotomy scars of healthy Balb/c mice and with an Ehrlich tumor in its various forms of presentation. Methods:
Fifty-four mice were divided into three groups of 18 animals. First group was the control; the second had Ehrlich tumor with ascites; and the third had the subcutaneous form of this tumor. Seven days after tumor inoculation, all 54 mice were submitted to laparotomy. All of the animals in the experiment were operated on again on 7th day after surgery, with resection of the scar and subsequent euthanasia of the animal. The scars were sent for histological assessment using immunohistochemical techniques to evaluate Cox-2 (cyclooxygenase 2), VEGF (vascular endothelial growth factor) and FGF (fibroblast growth factor). Semi-quantitatively analysis was done in the laparotomy scars and in the abdominal walls far away from the site of the operation. Results:
Assessing the weight of the animals, the correct inoculation of the tumor and weight gain in the group with tumoral ascites was observed. The histological studies showed that groups with the tumor showed a statistically significant higher presence of Cox-2 compared to the control. In the Cox-2 analysis of the abdominal wall, the ascites group showed the most significant difference. VEGF did not present any significant differences between the three groups, regardless of the site. The FGF showed a significant increase in animals with the tumor. Conclusion:
Histological findings in both laparotomy scar and the abdominal wall showed that with Ehrlich's neoplasia there was an exacerbated inflammatory response, translated by more intense expression of Cox-2 and greater fibroblast proliferation, translated by more intense expression of FGF, that is, it stimulated both the immediate inflammatory reactions, observed with Cox-2 reactions, and late scarring by fibroblasts and FGF.
RESUMO Racional:
A cicatrização é fenômeno biológico inato, e a carcinogênese adquirido, mas com elementos humorais e celulares comuns. A carcinogênese interfere de forma negativa na cicatrização. Objetivo:
Avaliar as modificações histológicas nas cicatrizes laparotômicas de camundongos Balb/c sadios como controles, e com a neoplasia de Ehrlich, em suas diferentes formas de apresentação. Métodos:
Foram utilizados 54 camundongos, divididos em três grupos de 18 animais cada um. O primeiro era controle; o segundo com a neoplasia de Ehrlich em sua forma ascítica; e o terceiro na forma subcutânea. Sete dias após a inoculação do tumor, todos os 54 camundongos foram submetidos à laparotomia e reoperados no sétimo dia de pós-operatório, com ressecção da cicatriz e posterior eutanásia. As cicatrizes foram encaminhadas para estudo histológico com técnicas imunoistoquímicas para avaliar Cox-2 (ciclo-oxigenase 2), VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular) e FGF (fator de crescimento dos fibroblastos) e analisadas de forma semiquantitativana tanto na cicatriz laparotômica como na parede abdominal mais distante do local operado. Resultados:
Avaliando o peso, observou-se a correta inoculação do tumor e o aumento de peso no grupo com a neoplasia na modalidade ascítica. Os estudos histológicos mostraram que os grupos com a neoplasia apresentaram maior presença da Cox-2 em relação ao controle, estatisticamente significante. No estudo da Cox-2 da parede abdominal foi o local em que o grupo ascítico apresentou a diferença mais expressiva. O VEGF não apresentou diferenças significantes entre os três grupos, independentemente do local estudado. O FGF teve aumento significante nos animais com neoplasia. Conclusão:
Os achados histológicos encontrados tanto na cicatriz das laparotomias quanto na parede abdominal mostraram que com a neoplasia de Ehrlich houve resposta inflamatória exacerbada, traduzida por expressão mais intensa da Cox-2 e maior proliferação fibroblástica, traduzida por expressão mais intensa do FGF, ou seja, estimulou tanto as reações inflamatórias imediatas, observadas nas reações da Cox-2, como nas cicatriciais tardias com os fibroblastos e o FGF.