Do proximal and distal gastric tumours behave differently?
Tumores gástricos proximais e distais se comportam de forma diferente?

ABCD (São Paulo, Impr.); 29 (4), 2016
Publication year: 2016

ABSTRACT Background:

Although the incidence of gastric (adenocarcinoma) cancer has been decreasing over time, it is still one of the most common malignancies worldwide, and proximal tumours tend to have a worse prognosis.

Aim:

To compare surgical outcomes and prognosis between proximal - excluding tumours of the cardia - and distal gastric cancer.

Methods:

Out of 293 cases reviewed - 209 with distal and 69 with proximal gastric cancer - were compared for clinical and pathological features, stage, surgical outcome, mortality and survival.

Results:

Statistically, there was no significant difference between patients in both groups regarding mortality (p=0.661), adjuvant chemotherapy (p 0.661), and radiation (p=1.000). However, there was significant difference in the degree of lymph node dissection employed (p=0.002) and the number of positive lymph nodes resected (p=0.038) between the two groups. The odds of death at five years for patients who had a D0 dissection was three times greater (odds ratio 2.78; (95%CI 1.33-5.82) than that for patients who had a D2 dissection, while for patients who had a D1 dissection the odds ratio was only 1.41 (95%CI 0.71-2.83) compared to D2-dissected patients.

Conclusion:

Although no significant differences were found between proximal and distal gastric cancer, the increased risk of death in D0- and D1-dissected patients clearly suggests an important role of radical D2 lymph node dissection in survival.

RESUMO Racional:

Embora a incidência do câncer gástrico esteja diminuindo nas últimas décadas, ele ainda aparece como uma das neoplasias malignas mais comuns, e tumores proximais tendem a ter pior prognóstico.

Objetivo:

Comparar os resultados cirúrgicos e o prognóstico entre o câncer gástrico proximal, excluindo os tumores da cárdia e junção esofagogástrica, e o distal.

Métodos:

De 293 casos revistos - 209 distais e 69 proximais - foram comparados quanto aos achados clínicos e patológicos, estágio, resultados cirúrgicos, mortalidade e sobrevida.

Resultados:

Estatisticamente não houve diferença entre pacientes em ambos os grupos quanto à mortalidade (p=0.661), emprego de quimioterapia adjuvante (p=0.661) e de radioterapia (p=1.000). Entretanto, houve diferença significativa no grau de dissecção linfonodal empregada (p=0.002) e no número de linfonodos positivos ressecados (p=0.038) entre os dois grupos. A razão de chances para morte em cinco anos nos casos de dissecção D0 foi três vezes maior (2,78; IC95% de 1,33 a 5,82) do que a D2, enquanto que para dissecção D1, ela foi apenas 1,41 vezes maior (95%CI 0.71-2.83) quando comparado à D2.

Conclusão:

Ainda que não se tenha observado diferenças significativas entre o câncer gástrico proximal e o distal, o risco de morte aumentado nos casos de D0 e D1, claramente demonstra o papel preponderante da linfadenectomia radical D2 no tratamento dessa doença.

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