Use of tranexamic acid in trauma patients: an analysis of cost-effectiveness for use in Brazil
Uso de ácido tranexâmico no trauma: uma análise de custo-efetividade para o uso no Brasil

ABCD (São Paulo, Impr.); 29 (4), 2016
Publication year: 2016

ABSTRACT Introduction:

Use of tranexamic acid (TXA) in trauma has been the subject of growing interest by researchers and health professionals. However, there are still several open questions regarding its use. In some aspects medical literature is controversial.

The points of disagreement among experts include questions such as:

Which patients should receive TXA in trauma? Should treatment be performed in the pre-hospital environment? Is there any need for laboratory parameters before starting TXA treatment? What is the drug safety profile? The main issue on which there is still no basis in literature is: What is the indication for treatment within massive transfusion protocols? Objective: Answer the questions proposed based on critical evaluation of the evidence gathered so far and carry out a study of cost-effectiveness of TXA use in trauma adapted to the Brazilian reality.

Methods:

A literature review was performed through searching Pubmed.com, Embase and Cab Abstract by headings "tranexamic AND trauma", in all languages, yielding 426 articles. Manuscripts reporting on TXA utilization for elective procedures were excluded, remaining 79 articles. Fifty-five articles were selected, and critically evaluated in order to answer study questions. The evaluation of cost effectiveness was performed using CRASH-2 trial data and Brazilian official population data.

Results:

TXA is effective and efficient, and should be administered to a wide range of patients, including those with indication evaluated in research protocols and current indication criteria for TXA should be expanded. As for the cost-effectiveness, the TXA proved to be cost-effective with an average cost of R$ 61.35 (currently US$16) per year of life saved.

Conclusion:

The use of TXA in trauma setting seems to be effective, efficient and cost-effective in the various groups of polytrauma patients. Its use in massive transfusion protocols should be the subject of further investigations.

RESUMO Introdução:

O uso do ácido tranexâmico (TXA) no trauma tem sido alvo de interesse crescente por parte de pesquisadores e profissionais de saúde. No entanto, seus benefícios ainda não foram completamente definidos.

Os pontos de divergência entre especialistas incluem questões como:

quais pacientes devem receber TXA no trauma? O tratamento deve ser realizado em ambiente pré-hospitalar? Há necessidade de exames laboratoriais para indicar o tratamento? Qual o perfil de segurança da droga? A principal questão para a qual ainda não existe qualquer embasamento na literatura é: qual a indicação do tratamento dentro de protocolos de transfusão maciça? Objetivo: Responder às questões propostas, com base em avaliação crítica da evidência reunida até o momento e realizar estudo de custo-efetividade do uso do TXA no trauma adaptado à realidade brasileira.

Métodos:

Foi realizada revisão da literatura através de estratégia de busca: PubMed.com, Embase e no Cab Abstract pelos descritores "tranexamic AND trauma", em todos idiomas, resultando em 426 artigos. Foram excluídos aqueles relativos às operações eletivas, restando 79 artigos. Cinquenta e cinco foram selecionados e avaliados criticamente com vistas a responder às questões em estudo. A avaliação de custo-efetividade foi realizada utilizando dados do estudo CRASH-2 e populacionais oficiais brasileiros.

Resultados:

Através da análise da evidência disponível chegou-se à conclusão de que o ácido tranexâmico é tratamento eficaz e efetivo, devendo ser administrado à ampla gama de pacientes, incluindo todos aqueles com indicação já avaliada nos protocolos de pesquisa publicados e provavelmente devam-se expandir os critérios de indicação. Quanto à avaliação de custo-efetividade, o TXA mostrou-se bastante custo-eficaz com gasto médio de R$ 61,35 por ano de vida salvo.

Conclusão:

O uso do ácido tranexâmico no trauma parece ser eficaz, efetivo e custo-eficaz nos diversos grupos de pacientes politraumatizados. Seu uso em protocolos de transfusão maciça ainda deve ser objeto de futuras investigações.

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