Stroke Prevention in Atrial Fibrillation: Focus on Latin America
Prevenção do Acidente Vascular Cerebral na Fibrilação Atrial: Foco na América Latina

Arq. bras. cardiol; 107 (6), 2016
Publication year: 2016

Abstract Atrial fibrillation (AF) is the most common sustained cardiac arrhythmia, with an estimated prevalence of 1-2% in North America and Europe. The increased prevalence of AF in Latin America is associated with an ageing general population, along with poor control of key risk factors, including hypertension. As a result, stroke prevalence and associated mortality have increased dramatically in the region. Therefore, the need for effective anticoagulation strategies in Latin America is clear. The aim of this review is to provide a contemporary overview of anticoagulants for stroke prevention. The use of vitamin K antagonists (VKAs, eg, warfarin) and aspirin in the prevention of stroke in patients with AF in Latin America remains common, although around one fifth of all AF patients receive no anticoagulation. Warfarin use is complicated by a lack of access to effective monitoring services coupled with an unpredictable pharmacokinetic profile. The overuse of aspirin is associated with significant bleeding risks and reduced efficacy for stroke prevention in this patient group. The non-VKA oral anticoagulants (NOACbs) represent a potential means of overcoming many limitations associated with VKA and aspirin use, including a reduction in the need for monitoring and a reduced risk of hemorrhagic events. The ultimate decision of which anticoagulant drug to utilize in AF patients depends on a multitude of factors. More research is needed to appreciate the impact of these factors in the Latin American population and thereby reduce the burden of AF-associated stroke in this region.
Resumo A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca sustentada mais comum, com uma prevalência estimada de 1-2% na América do Norte e Europa. O aumento da prevalência da FA na América Latina está associado com o envelhecimento da população geral, juntamente com um mal controle dos principais fatores de risco, incluindo a hipertensão arterial. Como resultado, a prevalência do acidente vascular cerebral (AVC) e a mortalidade associada a ele aumentou dramaticamente na região. Há, portanto, uma clara necessidade de estratégias efetivas de anticoagulação na América Latina. O objetivo desta revisão é oferecer uma visão atual da anticoagulação na prevenção do AVC. O uso de antagonistas da vitamina K (AVKs, ex.: varfarina) e ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção do AVC em pacientes com FA na América Latina permanece frequente, apesar de cerca de um quinto de todos os pacientes com FA não receberem anticoagulação. O uso da varfarina é complicado pela falta de acesso a serviços de monitoramento eficazes, juntamente com um perfil farmacocinético imprevisível. A utilização excessiva do AAS está associada com riscos significativos de sangramento e eficácia reduzida na prevenção do AVC neste grupo de pacientes. Os novos anticoagulantes orais não AVK (NOACs) representam um meio potencial de superar muitas limitações associadas ao uso dos AVKs e do AAS, incluindo uma redução na necessidade de monitoramento e risco reduzido de eventos hemorrágicos. A decisão final sobre qual anticoagulante utilizar em pacientes com FA depende de diversos fatores. Pesquisas adicionais são necessárias para avaliar o impacto desses fatores na população latino-americana e, assim, reduzir o ônus do AVC associado à FA nesta região.

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