Arq. bras. cardiol; 108 (5), 2017
Publication year: 2017
Abstract Background:
Data on the prevalence of dyslipidemia in Brazil are scarce, with surveys available only for some towns. Objective:
To evaluate the prevalence of the self-reported medical diagnosis of high cholesterol in the Brazilian adult population by use of the 2013 National Health Survey data. Methods:
Descriptive study assessing the 2013 National Health Survey data, a household-based epidemiological survey with a nationally representative sample and self-reported information. The sample consisted of 60,202 individuals who reported a medical diagnosis of dyslipidemia. The point prevalence and 95% confidence interval (95%CI) for the medical diagnosis of high cholesterol/triglyceride by gender, age, race/ethnicity, geographic region and educational level were calculated. Adjusted odds ratio was calculated. Results:
Of the 60,202 participants, 14.3% (95%CI=13.7-14.8) never had their cholesterol or triglyceride levels tested, but a higher frequency of women, white individuals, elderly and those with higher educational level had their cholesterol levels tested within the last year. The prevalence of the medical diagnosis of high cholesterol was 12.5% (9.7% in men and 15.1% in women), and women had 60% higher probability of a diagnosis of high cholesterol than men. The frequency of the medical diagnosis of high cholesterol increased up to the age of 59 years, being higher in white individuals or those of Asian heritage, in those with higher educational level and in residents of the Southern and Southeastern regions. Conclusion:
The importance of dyslipidemia awareness in the present Brazilian epidemiological context must be emphasized to guide actions to control and prevent coronary heart disease, the leading cause of death in Brazil and worldwide.
Resumo Fundamento:
A prevalência de hipercolesterolemia no Brasil não é conhecida para todo o país, havendo somente inquéritos em algumas cidades. Objetivo:
Avaliar a prevalência de diagnóstico médico de colesterol alto autorreferido na população adulta brasileira, utilizando-se dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. Métodos:
Estudo descritivo que avaliou os dados da PNS de 2013, um inquérito epidemiológico de base domiciliar, representativo para o Brasil, com informações autorreferidas. A amostra compreendeu 60.202 indivíduos entrevistados com autorrelato de diagnóstico médico de colesterol. Calculou-se a prevalência de ponto e o intervalo de confiança de 95% (IC95%) para diagnóstico médico de colesterol/triglicerídeos alto(s) por sexo, idade, cor da pele, região geográfica, escolaridade. Foram calculadas as razões de chance ajustadas. Resultados:
Dos 60.202 participantes adultos, 14,3% (IC95%=13,7-14,8) nunca tiveram colesterol ou triglicerídeos dosados, sendo que um maior número de mulheres, idosos, indivíduos com instrução superior completa e de raça branca relatou aferição há menos de um ano. A prevalência de diagnóstico médico de colesterol alto foi de 12,5%, maior nas mulheres (15,1%) do que nos homens (9,7%). A frequência de diagnóstico médico de colesterol alto foi maior naqueles com idade até 59 anos, em brancos ou aqueles de origem asiática, em pessoas com maior escolaridade e entre os moradores das macrorregiões Sul e Sudeste do país. Conclusão:
A importância do conhecimento da dislipidemia no atual contexto epidemiológico brasileiro deve ser ressaltada para orientar as ações de prevenção das doenças coronarianas, que representam a primeira causa de óbito no Brasil e no mundo.