Full-field electroretinogram recorded with skin electrodes in normal adults
Eletrorretinograma de campo total registrado com eletrodos de pele em adultos normais

Arq. bras. oftalmol; 79 (6), 2016
Publication year: 2016

ABSTRACT Purpose:

Alternative recording methods have been tested to allow the electroretinogram (ERG) recording in uncooperative patients and/or patients with palpebral alterations, including recordings with skin electrodes. The purpose of this study was to compare ERG recorded with skin electrodes and well-established microfiber electrodes and to determine normative values of ERG parameters for recording with skin electrodes.

Methods:

Fifty healthy volunteers (17-26 years; mean 20.63 ± 2.01 years) participated in the study. A gold disk skin electrode was placed on the lower orbital rim of a randomly chosen eye. On the contralateral eye, a microfiber electrode was positioned in the lower conjunctival sac. Gold disc electrodes were positioned at the ipsilateral outer canthus of both eyes acting as reference electrodes for the creation of a potential difference. Two ground electrodes were placed on the lobe of each ear. ERGs were recorded according to the International Society of Clinical Electrophysiology Visual (ISCEV) protocol using the VERIS 5.1.9 system for data acquisition and analysis.

Results:

Both types of electrodes showed similar wave response morphologies. The implicit time of responses between the two electrodes was comparable. On peak-to-peak amplitude, skin electrode recordings showed an amplitude reduction of 61.4% for rod responses, 61.5% for maximal responses, 46.2% for oscillatory potentials, 57.4% for cone responses, and 54.4% for 30Hz-flicker responses, when compared with microfiber electrode recordings. Based on these findings, normative values for peak-to-peak amplitude and implicit time to be used as a reference for ERGs recorded with skin electrodes were determined.

Conclusions:

ERGs recorded with skin electrodes presented lower peak-to-peak amplitude compared with microfiber electrodes. However, using appropriate normative values, skin electrodes may be useful for specific target populations such as uncooperative infants and/or patients with ocular surface alterations.

RESUMO Objetivo:

O eletrorretinograma de campo total (ERG) em pacientes não colaborativos e/ou com alterações palpebrais pode ser registrado com diferentes métodos de captação de respostas, dentre eles os eletrodos de pele. O objetivo deste estudo foi comparar o eletroretinograma obtido com eletrodos de pele e eletrodos de microfibra, determinando valores normativos para os parâmetros registrados com eletrodos de pele.

Métodos:

Cinquenta voluntários saudáveis (17-26 anos; média 20,63 ± 2,01) participaram deste estudo. Um eletrodo de cúpula de ouro foi aderido à pele na margem orbital inferior de um dos olhos escolhido ao acaso. No olho contralateral, um eletrodo de microfibra foi posicionado no saco conjuntival inferior. Eletrodos de cúpula de ouro foram posicionados na região lateral de cada olho para a formação da diferença de potencial com o eletrodo ativo. Dois eletrodos terra foram posicionados no lobo de cada orelha. O eletrorretinograma foi registrado de acordo com o protocolo da ISCEV (Sociedade Internacional de Eletrofisiologia Visual), com o sistema VERIS 5.1.9 para aquisição e análise dos registros.

Resultados:

Os dois tipos de eletrodos apresentaram morfologias de onda similares. O tempo implícito das respostas foi comparável entre os dois tipos de eletrodo. Os registros feitos com eletrodo de pele quando comparados aos registros com eletrodos de microfibra mostraram reduções na amplitude das ondas, de 61,4% para resposta de bastonetes, 61,5% para resposta máxima, 46,2% para potenciais oscilatórios, 57,4% para resposta de cones, e 54,4% para flicker 30Hz. Baseado nestes resultados, foram determinados valores normativos para amplitude e tempo de implícito para ERGs obtidos com eletrodos de pele.

Conclusões:

ERGs registrados com eletrodos de pele apresentam respostas com amplitudes menores quando comparados aos registrados com eletrodos de microfibra. No entanto, usando valores normativos apropriados, os eletrodos de pele podem ser uma alternativa útil para populações especificas como pacientes não colaborativos e/ou com alterações palpebrais.

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