Visual rehabilitation using mini-scleral contact lenses after penetrating keratoplasty
Reabilitação visual após transplante penetrante de córnea com lentes de contato mini-esclerais
Arq. bras. oftalmol; 80 (1), 2017
Publication year: 2017
ABSTRACT Purpose:
To report the visual rehabilitation outcomes and complications of patients fitted with mini-scleral rigid gas-permeable (RGP) contact lenses (mini-SCLs) after penetrating keratoplasty.Methods:
We retrospectively reviewed 27 eyes (21 patients) that were fitted with mini-SCLs between October 2013 and December 2014. We analyzed demographic data, previous corneal disorders, visual outcomes, interval from keratoplasty to contact lens fitting, topographic and specular microscope data, fitted contact lens parameters, and complications.The patients were divided into two groups according to the elapsed time since surgery:
Group A, grafts with <10 years (n=14 eyes); and Group B, grafts with ≥10 years (n=13 eyes).Results:
Lens use was discontinued in four eyes, and microbial keratitis developed in one eye during follow-up. No corneal graft rejection was observed. The mean interval between grafting and initial contact lens fitting was 10.6 ± 7.3 years (range: 1-29 years). The most frequent reason for keratoplasty was keratoconus (22 eyes, 81.4%). The mean contact lens-corrected visual acuity (CLCVA) was 0.09 ± 0.12 logMar (range: 0.50-0.00 logMar). The average topographic astigmatism, mean steepest keratometry (Kmax), and average cellularity on specular microscopy were 6.19 ± 3.49 diopters (D), 58.4 ± 7.8 D, and 1,231 ± 723 cells/mm2, respectively.Conclusions:
Mini-SCL use allowed successful visual rehabilitation after corneal keratoplasty, particularly in patients who required corrective lenses for low visual acuity and were unable to wear RGP contact lenses. Our results indicate that mini-scleral lenses may be an option for the treatment of corneal irregularities, such as those associated with keratoplasty.RESUMO Objetivos:
Avaliar a reabilitação visual e complicações com o uso de lentes de contato rígidas gás-permeáveis mini-esclerais em pacientes submetidos ao transplante penetrante de córnea.Métodos:
Estudo retrospectivo de 27 olhos (21 pacientes) adaptados com lentes de contato mini-esclerais entre outubro de 2013 e dezembro de 2014. Informações demográficas, doença corneana prévia, acuidade visual, tempo decorrido entre transplante e adaptação da lente, dados topográficos e de microscopia especular, parâmetros da lente de contato adaptada e complicações foram analisadas. Os pacientes foram divididos em dois grupos, levando em consideração o tempo decorrido do transplante de córnea: menos de 10 anos (Grupo A, n=14 olhos) e mais de 10 anos (Grupo B, n=13 olhos).Resultados:
Quatro olhos desistiram do uso da lente de contato e 1 paciente apresentou quadro de ceratite infecciosa durante o período de acompanhamento. Não ocorreu episódio de rejeição de botão corneano transplantado durante o período avaliado. O tempo médio entre o transplante e a adaptação da lente de contato foi de 10,6 ± 7,3 anos (variação de 1 a 29 anos) e a causa mais frequente de ceratoplastia foi ceratocone (22 olhos, 81,4%). A acuidade visual média corrigida com lente de contato foi de 0,09 ± 0,12 logMar (variação de 0,50 a 0.00 logMar). O astigmatismo topográfico médio foi de 6,19 ± 3,49 dioptrias (D), a ceratometria média mais curva (Kmax) foi 58,4 ± 7,8 D e a celularidade média na microscopia especular foi 1.231 ± 723 células/mm2.Conclusões:
Este estudo retrospectivo mostra o sucesso da adaptação de lentes de contato mini-esclerais na reabilitação visual após o transplante de córnea, especialmente em pacientes com baixa acuidade visual com óculos e intolerância ao uso de lentes de contato rígidas gás-permeáveis. Nossos resultados demonstram que as lentes de contato mini-esclerais são um opção para córneas com irregularidades corneanas, assim como aquelas após o transplante de córnea.
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