The outcome of penetrating keratoplasty for corneal scarring due to herpes simplex keratitis
O resultado da ceratoplastia penetrante para cicatriz de córnea consequente à ceratite por herpes simplex
Arq. bras. oftalmol; 80 (1), 2017
Publication year: 2017
ABSTRACT Purpose:
To determine the outcomes of penetrating keratoplasty (PK) for treatment of corneal scarring caused by Herpes simplex virus (HSV) keratitis, and whether the corneal scar type affects treatment outcome.Methods:
A retrospective analysis of patients who underwent PK for HSV-related corneal scarring between January 2008 and July 2011 was performed. The patients were categorized into two groups. Group 1 consisted of patients with a quiescent herpetic corneal scar and group 2 consisted of patients who developed a corneal descemetocele or perforation secondary to persistent epithelial defects with no active stromal inflammation. The mean follow-up was 21.30 ± 14.59 months. The main parameters evaluated were recurrence of herpetic keratitis, graft rejection, graft failure, visual acuity, and graft survival rate.Results:
There were 42 patients in group 1 and 13 in group 2. Preoperative BCVA varied from hand movements to 0.7 logMAR. Postoperatively, 34 patients (61.8%) achieved visual acuity of 0.6 logMAR or more. Recurrence of HSV keratitis was noted in 12 (28.57%) eyes in group 1 and 4 (30.76%) eyes in group 2 (p=0.40). Graft rejection occurred in 4 eyes (9.52%) in group 1 and in 3 (23.07%) eyes in group 2 (p=0.58). The 1-, 2-, and 3-year graft survival rates were 91.9%, 76.0%, and 65.1% in group 1, and 89.5%, 76.0%, and 63.6% in group 2 (p=0.91), respectively.Conclusions:
Although there were different recurrence and graft rejection rates for two groups, the graft survival rates at 3 years were similar. According to our results, without inflammation, corneal herpetic scarring with a descemetocele or perforation achieved similar graft survival rates with quiescent herpetic corneal scars.RESUMO Objetivo:
Determinar os resultados da ceratoplastia penetrante (PK) para o tratamento da cicatriz da córnea consequente à ceratite por Herpes simplex vírus (HSV), e se o tipo de cicatriz na córnea afeta o resultado cirúrgico.Métodos:
Foi realizada análise retrospectiva dos pacientes, submetidos à PK para a cicatriz da córnea relacionados com o HSV entre janeiro de 2008 e julho de 2011. Os pacientes foram divididos em dois grupos. Grupo 1 consistiu de pacientes que tiveram cicatriz corneana herpética quiescente e grupo 2 consistiu de pacientes que desenvolveram descemetocele ou perfuração córnea secundária a defeitos epiteliais persistentes sem inflamação estromal ativa. O seguimento médio foi de 21,30 ± 14,59 meses. Os principais parâmetros avaliados foram recorrência de ceratite herpética, rejeição de enxerto, falência do enxerto, acuidade visual e taxa de sobrevida do enxerto.Resultados:
Foram avaliados 42 pacientes do grupo 1 e 13 doentes do grupo 2. Acuidade visual pré-operatória variou de movimentos das mãos (HM) para 0,7 logMAR. No pós-operatório, 34 pacientes (61,8%) atingiram acuidade visual de 0,6 logMAR ou melhor. Doze olhos (28,57%) tiveram recorrência de HSV ceratite no grupo 1, e quatro olhos (30,76%) tiveram recorrência no grupo 2 (p=0,40). A rejeição do enxerto ocorreu em 4 olhos (9,52%) no grupo 1, e em 3 olhos do grupo 2 (23,07%; p=0,58), taxa de sobrevivência do enxerto foi de 91,9% a 1 ano, 76,0% aos 2 anos e 65,1% aos 3 anos no grupo 1, e 89,5% a 1 ano, 76,0% aos 2 anos e 63,6% aos 3 anos no grupo 2 (p=0,91).Conclusões:
Embora diferentes taxas de recorrência e de rejeição do enxerto foram encontradas nos dois grupos, a taxa de sobrevida do enxerto em 3 anos foi semelhantes nos dois grupos. De acordo com nossos resultados, em casos sem inflamação, a cicatriz herpética da córnea com descemetocele ou perfuração demonstra as taxas de sobrevivência do enxerto semelhantes às da cicatriz corneana herpética quiescente.
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