Genotype association gstm1 null and gastric cancer: evidence-based meta-analysis
Associação do genótipo nulo GSTM1 e o câncer gástrico: evidências baseadas em meta-análise
Arq. gastroenterol; 54 (2), 2017
Publication year: 2017
ABSTRACT BACKGROUND Gastric cancer is the fourth most common cancer in men and the sixth among women, except for non-melanoma skin tumors, in Brazil. Epidemiological evidences reveal the multifactorial etiology of this cancer, highlighting risk factors such as: infection by the bacterium Helicobacter pylori, advanced age, smoking, chronic alcohol abuse, eating habits and genetic polymorphisms. Considering the context of genetic polymorphisms, there is the absence of the GSTM1 gene. The lack of GSTM1 function to detoxify xenobiotics and promote defense against oxidative stress leads to increased DNA damage, promoting gastric carcinogenesis. This process is multifactorial and the development of gastric cancer results from a complex interaction of these variables. OBJECTIVE The aim of this study was to investigate the association of GSTM1 null polymorphism in the pathogenesis of gastric cancer. METHODS A meta-analysis was conducted from 70 articles collected in SciELO and PubMed databases, between September 2015 and July 2016. In order to evaluate a possible association, we used the odds ratio (OR) and confidence interval of 95% (CI 95%). To assess the heterogeneity of the studies was used the chi-square test. Statistical analysis was performed using the BioEstat® 5.3. RESULTS This study included 70 studies of case-control, including 28,549 individuals, which were assessed for the null polymorphism of the GSTM1 gene, and of which 11,208 (39.26%) were cases and 17,341 (60.74%) were controls. The final analysis showed that the presence of the GSTM1 gene acts as a protective factor against the development of gastric cancer (OR=0.788; 95%CI 0.725-0.857; P<0.0001). Positive statistical association was found in Asia (OR=0.736; 95%CI 0.670-0.809; P<0.0001) and Eurasia (OR=0.671; 95%CI 0.456-0.988; P=0.05). However, statistically significant data was not obtained in Europe (OR=1.033; 95%CI 0.873-1.222; P=0.705) and America (OR=0.866; 95%CI 0.549-1.364; P=0.534). Therefore, the results can not be deduced around the world. CONCLUSION This meta-analysis concluded that the presence of the GSTM1 gene is a protector for the emergence of gastric cancer, especially in Asian countries, but this result was not found in Europe and America.
RESUMO CONTEXTO No Brasil, o câncer gástrico é o quarto mais comum em homens e o sexto entre as mulheres, excetuando-se os tumores de pele não melanoma. Aspectos epidemiológicos evidenciam a etiologia multifatorial desta neoplasia, destacando como fatores de risco: a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, idade avançada, tabagismo, etilismo crônico, hábitos alimentares e polimorfismos genéticos. No contexto dos polimorfismos genéticos, tem-se a ausência do gene GSTM1. A falta da função de GSTM1 em detoxificar xenobióticos e promover defesa contra o estresse oxidativo, leva ao maior dano do DNA, favorecendo a carcinogênese gástrica. Este processo é multifatorial e o desenvolvimento do câncer gástrico resulta de uma interação complexa dessas variáveis. ObJETIVO O objetivo do presente estudo foi investigar a associação do polimorfismo nulo de GSTM1 na gênese do câncer gástrico. MÉTODOS Foi conduzida uma meta-análise a partir de 70 artigos colhidos dos bancos de dados: SciELO e PubMed, entre setembro de 2015 e julho de 2016. Para avaliar uma possível associação, utilizou-se o odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Para avaliar a heterogeneidade dos estudos, utilizou-se o teste do qui-quadrado. A análise estatística foi realizada utilizando-se o BioEstat® 5.3. RESULTADOS A presente pesquisa contou com 70 estudos do tipo caso-controle que incluíram 28.549 indivíduos avaliados para o polimorfismo nulo do gene GSTM1, dos quais 11.208 (39,26%) eram casos e 17.341 (60,74%) eram controles. A análise final mostra que a presença do gene GSTM1 funciona como um fator de proteção contra o desenvolvimento de câncer gástrico (OR=0,788; IC95% 0,725-0,857; P<0,0001). Associação estatística positiva foi encontrada na Ásia (OR=0,736; IC95% 0,670-0,809; P<0,0001) e Eurásia (OR=0,671; IC95% 0,456-0,988; P=0,05). No entanto, não temos dados com significância estatística da Europa (OR=1,033; IC95% 0,873-1,222; P=0,705) e América (OR=0,866; IC95% 0,549-1,364; P=0,534) para inferir proteção ao câncer gástrico no mundo. CONCLUSÃO Esta meta-análise, conclui que a presença do gene GSTM1 é protetora para o surgimento do câncer gástrico, principalmente nos países asiáticos, porém tal resultado não foi encontrado se comparado isoladamente os estudos realizados na Europa e na América.