Biocompatibility of a New Dental Glass Ionomer Cement with Cellulose Microfibers and Cellulose Nanocrystals
Braz. dent. j; 28 (2), 2017
Publication year: 2017
Resumo Os novos materiais restauradores em desenvolvimento devem evitar danos aos tecidos dentários. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a biocompatibilidade de uma marca comercial de cimento de ionômero de vidro convencional (CIV) modificado com microfibras de celulose (CIV+MC) ou nanocristais de celulose (CIV+NC) através da implantação de três amostras em tecido subcutâneo na região dorsal de 15 ratos Rattus norvegicus albinus. Cada rato recebeu um exemplar de cada cimento, resultando nos seguintes grupos (n=15): Grupo CIV (controle, n=15), Grupo CIV+MC e Grupo CIV+NC. Nos intervalos de 7, 30 e 60 dias os animais foram sacrificados e os seguintes aspectos foram avaliados histologicamente: tipo de células inflamatórias, fibroblastos, vasos sanguíneos, macrófagos, células gigantes, tipo de reação inflamatória e espessura da cápsula (µm).
Estes eventos foram quantitativamente classificados conforme os escores:
(-) ausente, (+) suave, (++) moderado e (+++) intenso. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste Kruskal-Wallis e pós-teste Mann-Whitney. Aos 7 dias, o Grupo CIV+NC demonstrou um nível mais elevado de reparação tecidual porque havia maior quantidade de fibroblastos (p=0,022) e uma menor quantidade de macrófagos (p=0,008) e células mononucleares (p=0,033). Neutrófilos e células gigantes estavam ausentes em todos os períodos experimentais. Aos 60 dias, o Grupo CIV+NC apresentou cápsula de tecido fibroso com espessura mais reduzida (26,72±2,87 µm) em comparação ao Grupo CIV+MC (41,21±3,98 µm (p=0,025). No geral, todos os materiais apresentaram satisfatória biocompatibilidade, no entanto, o cimento de ionômero de vidro modificado com nanocristais de celulose proveu reparação tecidual mais avançada comparativamente aos demais materiais avaliados.
Developing new restorative materials should avoid damage to tissue structures. This study evaluated the biocompatibility of a commercial dental glass ionomer cement (GIC) mechanically reinforced with cellulose microfibers (GIC+CM) or cellulose nanocrystals (GIC+CN) by implantation of three test specimens in subcutaneous tissue in the dorsal region of 15 Rattus norvegicus albinus rats. Each rat received one specimen of each cement, resulting in the following groups (n=15): Group GIC (Control), Group GIC+CM and Group GIC+NC. After time intervals of 7, 30 and 60 days, the animals were sacrificed and the following aspects were histologically evaluated: type of inflammatory cells, fibroblasts, blood vessels, macrophages, giant cells, type of inflammatory reaction and capsule thickness (µm). These events were scored as (-) absent, (+) light, (++) moderate and (+++) intense. The results were statistically analyzed by Kruskal-Wallis test and Mann-Whitney post test. At 7 days, Group GIC+NC showed more favorable tissue repair because quantitatively there were more fibroblasts (p=0.022), fewer macrophages (p=0.008) and mononuclear cells (p=0.033). Polymorphonuclear neutrophils and giant cells were absent in all experimental periods. At 60 days, test specimens in Group GIC+NC were surrounded by a fibrous tissue capsule with reduced thickness (26.72±2.87 µm) in comparison with Group GIC+CM (41.21±3.98 µm) (p=0.025). In general, all biomaterials showed satisfactory biocompatibility, but glass ionomer cement modified with cellulose nanocrystals showed a more advanced tissue repair.