Distribution and fluctuations of backswimmers (Notonectidae) in a tropical shallow lake and predation on microcrustaceans
Distribuição e flutuação de notonectídeos (Notonectidae) em um lago tropical raso e a predação sobre microcrustáceos

Braz. j. biol; 77 (1), 2017
Publication year: 2017

Abstract Notonectids are widely distributed in freshwaters and can prey on zooplankton in temperate lakes. However, its role in structuring the zooplankton community is unknown in tropical lakes. Thus, our objective was to study the notonectid Martarega uruguayensis in a Brazilian tropical shallow lake to evaluate its potential as a zooplankton predator. Its horizontal distribution was analized in the lake throughout one year in fortnightly samplings. Backswimmers were more abundant (mean density 162.9 ± 25.8 ind.m–2) in the cool-dry season, with a strong preference by the littoral zone (mean density 139.9 ± 17.5 ind.m–2). Laboratory experiments were undertaken with young and adult notonectid and the two most abundant cladocerans, Daphnia gessneri and Ceriodaphnia richardi, as prey. Predation by backswimmers in the laboratory showed that only juveniles fed on microcrustaceans (mean ingestion rate of 1.2 ± 0.2 Daphnia and 1.0 ± 0.2 Ceriodaphnia per predator per hour), without size selectivity. Adult insects probably have difficulties in detecting and manipulating small planktonic organisms. On the other hand, young instars might influence zooplankton community, especially in the littoral zone of the lake. This study does contribute to a better understanding of trophic interactions in tropical shallow lakes and is the first to investigate the predation of a notonectid on microcrustaceans from Lake Monte Alegre.
Resumo Notonectídeos são amplamente distribuídos em águas continentais e podem predar zooplâncton em lagos temperados. Porém, seu papel na estruturação de comunidades zooplanctônicas é desconhecido em lagos tropicais. Então, nosso objetivo foi estudar o notonectídeo Martarega uruguayensis em um lago tropical raso brasileiro para avaliar seu potencial como predador do zooplâncton. Sua distribuição horizontal foi analisada no lago durante um ano em coletas quinzenais. Os notonectídeos foram mais abundantes (densidade média 162,9 ± 25,8 ind.m–2) na estação fria-seca, com nítida preferência pela zona litorânea (densidade média 139,9 ± 17,5 ind.m–2). Foram feitos experimentos de laboratório com jovens e adultos de notonectídeo e as duas espécies de cladóceros mais abundantes, Daphnia gessneri and Ceriodaphnia richardi, como presas. No laboratório, somente os jovens predaram os microcrustáceos (taxa média de ingestão 1,2 ± 0,2 Daphnia e 1,0 ± 0,2 Ceriodaphnia por predador por hora), sem haver seletividade. Os insetos adultos provavelmente têm dificuldade em detectar e manipular pequenos organismos planctônicos. Por outro lado, os estádios jovens podem influenciar a comunidade zooplanctônica, especialmente na zona litorânea do lago. Esse estudo contribui para uma melhor compreensão sobre interações tróficas em lagos tropicais rasos e é o primeiro a investigar a predação de um notonectídeo sobre microcrustáceos do Lago Monte Alegre.

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