Physiological response of invasive mussel Limnoperna fortunei (Dunker, 1857) (Bivalvia: Mytilidae) submitted to transport and experimental conditions
Resposta fisiológica do mexilhão invasor Limnoperna fortunei (Dunker, 1857) (Bilvalvia: Mytilidae) submetido ao transporte e condições experimentais
Braz. j. biol; 77 (1), 2017
Publication year: 2017
Abstract Successful animal rearing under laboratory conditions for commercial processes or laboratory experiments is a complex chain that includes several stressors (e.g., sampling and transport) and incurs, as a consequence, the reduction of natural animal conditions, economic losses and inconsistent and unreliable biological results. Since the invasion of the bivalve Limnoperna fortunei (Dunker, 1857) in South America, several studies have been performed to help control and manage this fouling pest in industrial plants that use raw water. Relatively little attention has been given to the laboratory rearing procedure of L. fortunei, its condition when exposed to a stressor or its acclimation into laboratory conditions. Considering this issue, the aims of this study are to (i) investigate L. fortunei physiological responses when submitted to the depuration process and subsequent air transport (without water/dry condition) at two temperatures, based on glycogen concentrations, and (ii) monitor the glycogen concentrations in different groups when maintained for 28 days under laboratory conditions. Based on the obtained results, depuration did not affect either of the groups when they were submitted to approximately eight hours of transport. The variation in glycogen concentration among the specimens that were obtained from the field under depurated and non-depurated conditions was significant only in the first week of laboratory growth for the non-depurated group and in the second week for the depurated group. In addition, the tested temperature did not affect either of the groups that were submitted to transport. The glycogen concentrations were similar to those of the specimens that were obtained from the field in third week, which suggests that the specimens acclimated to laboratory conditions during this period of time. Thus, the results indicate that the air transport and acclimation time can be successfully incorporated into experimental studies of L. fortunei. Finally, the tolerance of L. fortunei specimens to the stressor tested herein can help us understand the invasive capacity of this mussel during the establishment process.
Resumo A criação bem sucedida de animais em condições de laboratório para processos comerciais ou experimentais é uma cadeia complexa que inclui vários fatores de estresse (ex. coleta e transporte) que tem como consequência a redução das condições naturais do animal, prejuízos econômicos e resultados biológicos inconsistentes. Desde a invasão do bivalve Limnoperna fortunei (Dunker, 1857) na América do Sul, vários estudos têm sido realizados para ajudar no controle e gestão dessa praga em plantas industriais que utilizam água. Relativamente pouca atenção tem sido dada ao processo de criação de L. fortunei em laboratório, sua condição quando exposta ao estresse e sua aclimatação a condições de laboratório. Considerando estes aspectos, os objetivos deste estudo foram: (i) investigar as respostas fisiológicas de L. fortunei submetidos ao processo de depuração e subsequente transporte (sem água/condição seca) em duas temperaturas, analisando as diferentes concentrações de glicogênio e (ii) monitorar as concentrações de glicogênio nos diferentes grupos, quando mantidos por 28 dias em condições de laboratório. Com base nos resultados obtidos, a depuração não afetou nenhum grupo quando eles foram submetidos a oito horas de transporte. A variação da concentração de glicogênio entre os espécimes do campo quando depurados e não depurados, foi significativa apenas em relação à primeira semana em laboratório para o grupo não depurado e à segunda semana para o grupo depurado. Além disto, a temperatura testada não afetou os grupos submetidos ao transporte. As concentrações de glicogénio foram semelhantes as dos espécimes do campo a partir da terceira semana, o que sugere que os espécimes estão aclimatados às condições de laboratoriais neste período de tempo. Assim, os resultados indicam que o transporte ao ar e o tempo de aclimatação podem ser incorporados com sucesso aos estudos experimentais com L. fortunei. Finalmente, o conhecimento sobre a tolerância de L. fortunei ao estresse pode ajudar a entender a capacidade invasiva deste durante o processo de estabelecimento.