A comparison between preterm and full-term infants' preference for faces
Uma comparação entre recém-nascidos prematuros e a termo na preferência por faces

J. pediatr. (Rio J.); 93 (1), 2017
Publication year: 2017

Abstract:

Objective: Visual preference for faces at birth is the product of a multimodal sensory experience experienced by the fetus even during the gestational period. The ability to recognize faces allows an ecologically advantageous interaction with the social environment. However, perinatal events such as premature birth, may adversely affect the adequate development of this capacity. In this study, we evaluated the preference for facial stimuli in preterm infants within the first few hours after birth.

Methods:

This is a cross-sectional observational study of 59 newborns, 28 preterm and 31 full-term infants. The babies were assessed in the first hours of life, with two white boards in the shape of a head and neck: one with the drawing of a face similar to the human face (natural face), and one with the drawing of misaligned eyes, mouth and nose (distorted face). After the newborn fixated the eyes on the presented stimulus, it was slowly moved along the visual field. The recognition of the stimulus was considered present when the baby had eye or head movements toward the stimulus.

Results:

The preterm infants, in addition to showing a lower occurrence of orientation movements for both stimuli, on average (1.8 ± 1.1 to natural faces and 2.0 ± 1.2 for distorted ones) also showed no preference for any of them (p = 0.35). Full-term newborns showed a different behavior, in which they showed a preference for natural faces (p = 0.002) and a higher number of orientations for the stimulus, for both natural (3.2 ± 0.8) and distorted faces (2.5 ± 0.9).

Conclusion:

Preterm newborns recognize facial stimuli and disclose no preference for natural faces, different from full-term newborns.

Resumo:

Objetivo: A preferência visual por faces ao nascimento é produto de uma experiência sensorial multimodal vivenciada pelo feto ainda no período gestacional. A habilidade de reconhecer faces possibilita uma interação ecologicamente vantajosa com o ambiente social. Entretanto, eventos perinatais, como o nascimento prematuro, podem prejudicar o desenvolvimento adequado dessa habilidade. Neste trabalho, avaliamos a preferência por estímulos faciais de recém-nascidos prematuros nas primeiras horas após o nascimento.

Métodos:

Trata-se de um estudo observacional transversal feito com 59 recém-nascidos, 28 prematuros e 31 nascidos termos. Os bebês foram avaliados, nas primeiras horas de vida, com duas pranchas brancas em formato de cabeça e pescoço: uma com o desenho de uma face similar ao rosto humano (face natural) e outra com o desenho de olhos, boca e nariz desalinhados (face distorcida). Após o recém-nascido fixar o olhar no estímulo apresentado, era lentamente movimentado ao longo do campo visual. O reconhecimento do estímulo foi considerado presente quando o bebê apresentou movimentos dos olhos ou cabeça em direção ao estímulo.

Resultados:

Os recém-nascidos prematuros, além de apresentar menor ocorrência de movimentos de orientação para ambos os estímulos, em média (1,8 ± 1,1 para faces naturais e 2 ± 1,2 para faces distorcidas), também não apresentaram preferência por qualquer um deles (p = 0,35). Diferente foi o comportamento dos recém-nascidos a termo, que apresentaram preferência por faces naturais (p = 0,002) e um número maior de orientações para o estímulo, tanto para faces naturais (3,2 ± 0,8) quanto para faces distorcidas (2,5 ± 0,9).

Conclusão:

Recém-nascidos prematuros reconhecem os estímulos faciais e não apresentam preferência por faces naturais, diferentemente de recém-nascidos a termos.

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