Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 63 (1), 2017
Publication year: 2017
Summary Objective:
There are plenty of published tools for breaking bad medical news; however, none of them is culturally appropriate to our reality or published in the Brazilian literature. This study proposes a genuinely Brazilian communication tool and evaluates its acceptance among doctors and nurses. Method:
This was a prospective study. The data were collected after specific training of doctors and nurses on the bad news communication techniques based on the P-A-C-I-E-N-T-E ("patient," in Portuguese) Protocol. This instrument is in accordance with the Brazilian reality and was based on the SPIKES communication tool. Results:
The worst task to be performed during communication is "talking about death" followed by "discussing the end of curative treatment attempts" and "diagnosis" itself. Among the respondents, 48% reported they did not receive formal training for communicating. Also, 52% of respondents do not use any systematic approach in their daily practice when communicating with patients, but 97% considered the proposed P-A-C-I-E-N-T-E Protocol as a useful and appropriate communication tool. Conclusion:
The P-A-C-I-E-N-T-E Protocol proved to be suitable to the Brazilian context.
Resumo Objetivo:
Existem inúmeros protocolos de comunicação de más notícias; porém, nenhum método na literatura nacional é culturalmente adequado à nossa realidade. Este estudo propõe um método de comunicação adaptado e avalia sua aceitação entre médicos e enfermeiros brasileiros. Método:
Trata-se de um estudo prospectivo cujos dados foram coletados após treinamentos específicos de médicos e enfermeiros sobre as técnicas de comunicação de más notícias. Foi empregado instrumento mnemônico chamado Protocolo P-A-C-I-E-N-T-E. Esse instrumento, em concordância com a realidade brasileira, foi baseado no Protocolo SPIKES de comunicação. Resultados:
Verificou-se, entre os profissionais da saúde, que a pior tarefa a ser executada durante a comunicação é "falar sobre a morte", seguida de "discutir o fim das tentativas de tratamento curativo" e o "diagnóstico" em si. Do total dos entrevistados, 48% relataram não terem recebido treinamento formal sobre comunicações. Verificou-se, ainda, que 52% dos participantes não utilizam qualquer abordagem sistematizada na prática diária ao se comunicarem com os pacientes, mas 97% consideraram o protocolo proposto útil e adequado. Conclusão:
O Protocolo P-A-C-I-E-N-T-E, proposto como ferramenta para direcionar a comunicação, mostrou-se adequado à nossa realidade.