Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 63 (2), 2017
Publication year: 2017
Summary Objective:
To determine overweight and obesity prevalence in preschool children from public education, and to determine their relation to food consumption. Method:
Cross-sectional study with children aged between 2 and 5 years, of both sexes, enrolled at municipal day care centers. Socioeconomic, demographic and anthropometric data were collected, in order to calculate the body mass index (BMI) for age. Data on food consumption were assessed using a Food Frequency Questionnaire. χ2 test, Kruskal-Wallis test, Student's t-test and Pearson's correlation were used at a significance level of 5%. Results:
Of 548 children, 52% were male, with mean age of 4.2 years old. Most families had incomes between 1 and 2 minimum wages (59.7%), in addition to 10 years (mothers) of education. Anthropometric parameters did not differ significantly between sexes. According to the BMI-for-age, it was found that most of children were well-nourished (85.2%), 8.2% had the risk of becoming overweight, and 4.2% were overweight. The most consumed foods were:
rice (100%), beans (99.4%), bread (98.5%), fruit (98.5%), red meat (97.1%), butter and margarine (95.4%), biscuits, cakes and sweet pies (94.1%), dairy products (94.1%), chocolate milk (91.7%), and soft drinks (90.2%). Consumed foods that were strongly correlated (r > 0.7) to the risk of/excess weight were, as follows: bread; biscuits, cakes, sweet pies; dairy products; chocolate milk; sausages. Conclusion:
There was low prevalence of overweight and absence of obesity among the population assessed. The risk of overweight was greater among girls. Data from the study showed deviations in food consumption.
Resumo Objetivo:
Determinar a prevalência de excesso de peso e obesidade em pré-escolares de instituições públicas de ensino e sua relação com consumo alimentar. Método:
Estudo transversal com crianças de 2 a 5 anos, de ambos os sexos, atendidas em creches municipais. Coletaram-se dados socioeconômicos, demográficos e antropométricos, para cálculo do índice de massa corpórea (IMC) por idade. Os dados sobre consumo alimentar foram avaliados por meio de Questionário de Frequência Alimentar. Utilizaram-se os testes do χ2, Kruskal-Wallis, t de Student e correlação de Pearson, com nível de significância de 5%. Resultados:
Das 548 crianças, 52% eram do sexo masculino, com média de idade de 4,2 anos. A maioria das famílias apresentou renda entre 1 e 2 salários mínimos (59,7%) e escolaridade materna de 10 anos. Os parâmetros antropométricos não apresentaram diferença significativa entre os sexos. Segundo o IMC/I, verificou-se que a maioria das crianças estava eutrófica (85,2%); 8,2%, com risco de excesso de peso; 4,2%, com excesso de peso. Os alimentos mais consumidos foram:
arroz (100%), feijão (99,4%), pães (98,5%), frutas (98,5%), carne vermelha (97,1%), manteiga e margarina (95,4%), bolachas, bolos, tortas doces (94,1%), leite e derivados (94,1%), achocolatado (91,7%) e refrigerantes (90,2%). Os alimentos consumidos que apresentaram forte correlação (r > 0,7) com o risco/excesso de peso foram: pães; bolachas, bolos, tortas doces; leite e derivados; achocolatados e embutidos. Conclusão:
Observaram-se baixa prevalência de excesso de peso e ausência de obesidade entre o público pesquisado. O risco de excesso de peso foi maior entre as meninas. O estudo mostrou desvios no consumo alimentar.