Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 63 (4), 2017
Publication year: 2017
Summary Objective:
Among all countries, Brazil is expected to have the sixth largest elderly population in 2025. Dementia syndromes are prominent among aging-related diseases. Despite the necessity of and curriculum for training in geriatric medicine to make recommendations on an approach to this theme, adequate training appears to be infrequent. The present study aimed to evaluate the knowledge about dementia and students' attitude towards it during the last semester of the medical course in two of the most important Brazilian medical schools. Method:
In our study, a sample of 189 students was invited to complete questionnaires comprising demographic and professional topics, knowledge with respect to cognitive alterations in the elderly and attitudes in dealing with an elderly patient with dementia. Results:
A total of 155 students accepted to participate in the study; 92(59.7%) considered that they had good training in cognitive alterations during their undergraduate medical course, while 67 (58.8%) of them declared having had only theoretical training. Regarding knowledge, the students obtained a mean of 6.9, out of a scale from 0 to 14 points. As for attitudes, the students agreed that they can contribute to the life quality of the patient and of the caregiver, and that it is useful to provide the diagnosis to the family. Conclusion:
The findings of this study are relevant for overturn the educational barriers of physicians in relation to the care of patients with dementia.
Resumo Objetivo:
Em 2025, o Brasil terá a sexta maior população de idosos do mundo. Destacam-se, dentre as doenças relacionadas com o envelhecimento, as síndromes demenciais. Apesar da necessidade de o currículo para a formação médica conter tópicos em geriatria, isso parece ocorrer com pouca frequência. O presente estudo tem como objetivo avaliar conhecimento e atitudes em relação à demência de alunos do último semestre do curso médico em duas das mais importantes escolas médicas brasileiras. Método:
Neste estudo, 189 alunos foram convidados a responder questionários que compreendem temas demográficos e profissionais, conhecimento sobre alterações cognitivas em idosos e atitudes frente a um paciente idoso com demência. Resultados:
Um total de 155 estudantes aceitou participar do estudo; 92 (59,7%) relataram ter obtido uma boa formação em alterações cognitivas durante o curso de graduação em medicina, e, entre estes, 67 (58,8%) relataram ter tido apenas uma base teórica. Quanto ao conhecimento, os alunos obtiveram uma média de 6,9, considerando uma escala de pontuação de 0 a 14 pontos. Considerando as atitudes, os estudantes concordaram que eles podem contribuir para a qualidade de vida do paciente e de cuidadores, e que é útil dar o diagnóstico para a família. Conclusão:
Os resultados deste estudo são relevantes para discutir as barreiras educacionais dos médicos em relação ao tratamento de pacientes com demência.