Emergency cricothyrotomy: temporary measure or definitive airway? A systematic review
Cricotireoidostomia de emergência: medida contemporizadora ou via aérea definitiva? Uma revisão sistemática
Rev. Col. Bras. Cir; 43 (6), 2016
Publication year: 2016
ABSTRACT Being a fast and safe method in the hands of well trained professionals in both prehospital and intrahospital care, Cricothyrotomy has been broadly recommended as the initial surgical airway in the scenario "can't intubate, can't ventilate", and is particularly useful when the obstruction level is above or at the glottis. Its prolonged permanence, however, is an endless source of controversy. In this review we evaluate the complications of cricothyrotomy and the need of its routine conversion to tracheotomy through a search on PubMed, LILACS and SciELO electronic databases with no restriction to the year or language of the publication. In total, we identified 791 references, retrieved 20 full text articles, and included nine studies in our review. The incidence of short-term complications ranged from zero to 31.6%, and the long-term complications, from zero to 7.86%. Subglotic stenosis was the main long-term reported complication, even though it was quite infrequent, occurring only in 2.9 to 5%. The frequency of conversion to tracheostomy varied from zero to 100%. Although a small frequency of long-term complications was found for emergency cricothyrotomy, the studies' low level of evidence does not allow the recommendation of routine use of cricothyrotomy as a secure definitive airway.
RESUMO A cricotireoidostomia, por ser um método rápido e, em geral, realizado com sucesso em ambientes pré e intra-hospitalares por profissionais treinados, tem sido amplamente preconizada como a via aérea cirúrgica inicial diante da situação "impossível intubar, impossível ventilar" e é especificamente útil quando a obstrução das vias aéreas ocorre na glote ou em nível supraglótico. Seu uso prolongado é, contudo, controverso. Nesta revisão procuramos avaliar as complicações da cricotireoidostomia de emergência, bem como, a necessidade rotineira de sua posterior conversão para traqueostomia através de pesquisa de estudos publicados sobre cricotireoidostomia de emergência nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, sem restrição quanto ao ano de publicação. Assim foram identificados 791 estudos, dos quais 20 foram selecionados para leitura do texto integral, e, destes, nove foram incluídos nesta revisão. A taxa de complicações em curto prazo variou de zero a 31,6%, e a de complicações em longo prazo variou de zero a 7,86%. A estenose subglótica foi a principal complicação em longo prazo, relatada em 2,9 a 5% dos procedimentos. A taxa de conversão para traqueostomia variou de zero a 100%. Apesar da incidência reduzida de complicações em longo prazo o baixo nível de evidência dos estudos revisados não permite recomendar a cricotireoidostomia como uma via aérea definitiva segura.