O imperativo estético vocativo na escrita fenomenológica
The vocative aesthetic imperative in phenomenological writing
El imperativo estético vocativo en la escritura fenomenológica

Rev. abordagem gestál. (Impr.); 22 (2), 2016
Publication year: 2016

A fenomenologia é um projeto incompleto, sempre a caminho. Neste pensar constante, um dos desafios ainda pouco enfrentados é o da escrita fenomenológica que, a despeito das mudanças epistemológicas encampadas pelos fenomenologistas, não raro mantém sua escrita indistinta do restante das ciências. No entanto, há necessidade de busca de outras formas de dizer, para superar a limitação da linguagem moderna, já apontada pelos fenomenológos, em permitir que o Ser se revele. É neste sentido que Max van Manem fala do vocativo como uma necessidade para o texto fenomenológico, adotando a enunciação como sentido principal da escrita e, consequentemente, da leitura. Este se expressa como um imperativo estético, que se desdobra em diferentes modos de escrever que permitem que o intuitivo, o sensível e o não-dizível encoberto possa se desvelar, no ato de escrita-leitura. Para contribuir para o enfrentamento deste desafio pela Geografia, navego pela fenomenologia dos sentidos de Michel Serres, um mestre do texto vocativo em diferentes facetas, para compreender o sentido hermenêutico da escrita fenomenológica.
Phenomenology is an incomplete project, always on the way. In its process of constant thinking, one of the challenges still barely confronted is the phenomenological writing, which, despite the epistemological changes promoted by phenomenologists, often maintains indistinct when compared to other sciences. However, there is a need to search for other ways of saying, to overcome the limitation of the modern language, as pointed out by phenomenologists, allowing the Being to reveal itself. In that sense, Max Van Manem mentions the vocative as a demand to the phenomenological text, adopting the enunciation as the main direction of writing and, consequently, reading. This vocative appears as an aesthetic imperative that unfolds in different ways of writing, allowing the hidden intuitive, sensitive and not speakable to be revealed in the act of writing-reading. To contribute in tackling this challenge through Geography, I navigate Michel Serres' phenomenology of senses, a master of the vocative text in it is different facets, to comprehend the hermeneutic sense of the phenomenological writing.
La fenomenología es un proyecto incompleto, siempre en camino. En este pensar constante, uno de los desafíos aún poco enfrentados es el de la escrita fenomenológica que, pese a las mudanzas epistemológicas seguidas por los fenomenólogos, no es raro que mantenga su escrita indistinta del resto de las ciencias. Sin embargo, existe la necesidad de buscar otras formas de decir, para superar la limitación del lenguaje moderno, ya establecido por los fenomenólogos, en permitir que el Ser se revele. Es en este sentido que Max Van Manem habla del vocativo como una necesidad para el texto fenomenológico, adoptando la enunciación como un sentido imperativo estético, que se desdobla en diferentes modos de escribir que permiten que lo intuitivo, sensible y no-nombrable encubierto se pueda desvelar, en el acto de escritura-lectura. Para contribuir para el enfrentamiento de este desafío por la Geografía, navego por la fenomenología de los sentidos de Michel Serres, un maestro del texto vocativo en diferentes facetas, para comprender lo sentido hermenéutico de la escritura fenomenológica.

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