Rev. bras. anestesiol; 67 (3), 2017
Publication year: 2017
Abstract Objective:
Low back pain is a common complaint among pregnant women. It is estimated that about 50% of pregnant women complain of some form of back pain at some point in pregnancy or during the postpartum period. The aim of this study was to evaluate the frequency of low back pain during pregnancy and its characteristics. Methods:
Cross-sectional study with low-risk pregnant women. After approval by the Human Research Ethics Committee and receiving written informed consent, we included pregnant women over 18 years of age and excluded those with psychiatric disorders, previous lumbar pathologies, and receiving treatment for low back pain. Results:
We interviewed 97 pregnant women. The frequency of low back pain was 68%. The mean age was 26.2 years and the median gestational age was 30 weeks. Fifty-eight pregnant women declared themselves as brown (58%). Most (88.6%) were married or living in common-law marriage, 56 (57.7%) worked outside the home, and 71 (73.2%) had completed high school. Low back pain was more frequent during the second trimester of pregnancy (43.9%), referred to as a "burning" sensation in 37.8% of patients, with intermittent frequency in 96.9% of the women. The symptoms got worse at night (71.2%). Resting reduced low back pain in 43.9% of pregnant women, while the standing position for a long time worsened it in 27.2% of patients. Conclusion:
Low back pain is common in pregnant women, has specific characteristics, and is more frequent in the second trimester of pregnancy. This indicates the need for prevention strategies that enable better quality of life for pregnant women.
Resumo Objetivo:
A lombalgia é uma queixa comum entre grávidas. Estima-se que cerca de 50% das gestantes queixam-se de algum tipo de dor lombar em algum momento da gravidez ou durante o puerpério. O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência da lombalgia na gestação e suas características. Método:
Estudo de corte transversal com gestantes de baixo risco. Após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos e a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, foram incluídas maiores de 18 anos e alfabetizadas e excluídas gestantes com distúrbios psiquiátricos, com patologias lombares prévias e em tratamento para dor lombar. Resultados:
Foram entrevistadas 97 gestantes. A frequência de dor lombar foi 68%. A média de idade foi 26,2 anos e a mediana da idade gestacional de 30 semanas; 58 consideraram-se pardas (58%). A maioria (88,6%) era casada ou vivia em união estável, 56 (57,7%) trabalhavam fora e 71 (73,2%) tinham o ensino médio completo. A lombalgia foi mais frequente durante o segundo trimestre gestacional (43,9%), referida como "em queimação" por 37,8% das pacientes e com frequência intermitente em 96,9%. Os sintomas pioravam no período noturno (71,2%). O repouso reduzia a dor lombar em 43,9%, enquanto a posição ortostática por longo tempo agravava em 27,2%. Conclusão:
A lombalgia é comum em gestantes, apresenta características específicas e é mais frequente no segundo trimestre. Isso alerta para a necessidade de serem instituídas estratégias de prevenção que possibilitem melhor qualidade de vida para a gestante.